“Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores. Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite.” (Sl 1,1-2).
Interessante como os Salmos iniciam com essa advertência quanto aos conselhos. Adverte para não ser dado ouvidos a tudo nem a todos ao redor – sempre existem aqueles com pensamentos ou palavras sem valor, que não ajudam em nada. É importante aprender a distinguir entre o que convém e o que não, e buscar a orientação de Deus em oração e por sua palavra que pode estar camuflada em qualquer livro, principalmente os sagrados, como a Bíblia, ou na boca de um inocente, principalmente de alguém com o coração limpo do egoísmo. É assim que aprendo a agir com amor e humildade e a buscar o que realmente importa em minhas decisões. Quando chego a conclusão de que algum conselho é incoerente, esqueço-o. Caso a ideia seja boa, procuro ser humilde e a praticar, mesmo que antes eu não a tenha cogitado. Mas não perco tempo com ideias que só incomodam e não levam a lugar nenhum. Mesmo porque já tenho estabelecido na consciência o que Deus quer de mim, de colaborar com os ensinos de Jesus e viabilizar o Seu reino dentro das relações humanas. Como o Reino de Deus está fundamentado na aplicação integral do Amor Incondicional em todos os relacionamentos interpessoais, isso implica que a exclusão que é prevalente em nossas relações, principalmente as familiares que tiveram início com o amor romântico, devem deixar lugar para a inclusão. Então o meu projeto de vida está repleto de situações onde a crítica e o conselhos chovem no sentido de mudar minha atuação, principalmente junto as mulheres que desenvolvem afeto por mim e que desejam o aprofundar até o nível do companheirismo. Então, essas mesmas pessoas são as que colocam conselhos mais vigorosos no sentido de evitar o comportamento de distribuir o amor com o próximo, qualquer que seja ele, e que não possua limitações preconceituosas de aprofundar até o limite da sexualidade harmônica, solidária, simbiótica, justa e evolutiva para ambos. São colocados argumentos os mais pesados, como chegar ao ponto de descaracterizar o Deus que prega o Amor Incondicional, de colocar os textos dos livros sagrados, sem atentar que têm a inspiração divina, mas que foram feitos pelos homens, com suas paixões seus interesses mundanos. A verdadeira fonte divina surge na nossa consciência, quando conhecemos os fatos e absorvemos as verdades dentro deles, usando a coerência da Lei maior: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Com essa atitude é que eu me mantenho feliz, pois me satisfaço no serviço do Senhor, como adverte o salmista, como aceita a minha consciência.