O nascimento de Jesus foi cercado de uma auréola de poder, que estava nascendo um Rei, que seria instalado um novo reino. E na verdade foi isso que Ele passou a ensinar, que Ele era filho de Deus e que veio instalar um novo Reino na terra. Só que esse reinado não era baseado na força das armas, no poder político que o deveria lançar. Era isso que todos esperavam, mas Jesus passou a explicar que a revolução não aconteceria no exterior, na subjugação dos adversários externos; Jesus ensinava que a revolução deveria acontecer de dentro para fora, deveríamos primeiro subjugar nossos adversários internos, todos com raiz no egoísmo.
A palavra profética de Deus anunciava que um menino iria nascer, que Ele iria ser o nosso governador, que seria o príncipe da paz. Esse governo do príncipe da Paz ainda não aconteceu. Porém várias etapas já foram cumpridas para o estabelecimento do Reino de Deus. Já houve o tempo da manjedoura, já houve o tempo da cruz, já houve o tempo do túmulo vazio. Há de chegar o tempo do Governo e com ele virá a paz, a solidariedade, o Amor Incondicional.
Jamais esse Reino será constituído se não limparmos os nossos corações de qualquer resquício de egoísmo, seja qual fora sua forma. Do amor romântico com sua forte carga de exclusão; da inveja sutil ou declarada do próximo tentado o desacreditar frente os significantes; do ciúme perverso de alguém que pode estar usufruindo de algo que poderia ser seu; da raiva destrutiva com o potencial de lesar moral ou fisicamente o outro... Podíamos alongar muito essa lista de sentimentos negativos, todos com o DNA do egoísmo. Esta é a revolução que o Príncipe da Paz veio dar início e possibilitar assim o início do seu governo. Até agora não conseguimos alcançar uma massa crítica para isso ter início. Temos exemplos de pessoas muito valorosas que com empenho mostraram que é possível praticar as lições do Mestre, mas esses exemplos não chegam a motivar a maioria para sua aplicação prática honesta e coerente. Muitas vezes usadas essas informações espirituais para o reforço material de uns poucos em detrimentos da massa. Mas Jesus permanece no comando e com certeza terá estratégias para superar essas dificuldades. Da minha parte, me coloco como seu discípulo e se for declarada uma guerra espiritual, como parece já está acontecendo, me apresento como voluntário para ser mais um combatente nas forças do bem e lutar para o estabelecimento do Reino de Deus no nosso mundo material, a partir da transformação para o bem de meu coração, o limpando de qualquer “sujeira” egoísta que identifique dentro dele.