Genoveva levava tudo muito a sério, jejuava frequentemente e quando podia, retirava-se procurando renovar sua vida espiritual. Tinha apenas 30 anos quando se envolveu na política. Em 451 Paris estava sob a ameaça dos hunos de Átila. Os parisienses queriam fugir, mas Genoveva os convenceu a ficarem na cidade, confiando na proteção divina. Assim aconteceu, embora os bárbaros ameaçassem invadir várias vezes a cidade de Paris, uma força invisível os obrigava a recuar e a desviar a rota. Mesmo assim ela correu o risco de ser linchada pelos mais medrosos. Expulsos os bárbaros, sobreveio a carestia. Genoveva tomou então um barco, foi até o Sena e procurou alimento junto aos camponeses, depois os distribuiu generosamente. Quando morreu edificaram sobre seu túmulo um oratório de madeira que foi a semente de uma célebre abadia construída por Luis XV, depois transformada em basílica. Era particularmente invocada por ocasião de grandes calamidades, como epidemias, secas ou inundações. Os jacobinos da revolução francesa destruíram-lhe parcialmente as relíquias e profanaram a basílica transformando-a no famoso Panteon, mausoléu dos franceses ilustres.
É um exemplo de fé associada as ações políticas. Mesmo que ela não tivesse nenhum cargo público, tinha influência junto aos dirigentes para efetivar os seus planos de caridade. Eu já senti essa necessidade muito forte de ajudar aos mais carentes com uma atividade política. Cheguei a me candidatar diversas ocasiões para um cargo público, sempre com o lema da “Dignidade Humana”, que eu procurava honrar mesmo no calor da refrega da conquista dos votos. Esse comportamento não facilitava angariar os votos suficientes para minha eleição, eu não queria corromper a vontade do eleitor com o atendimento de suas necessidades. Os políticos que não tinham esse escrúpulo facilmente me ultrapassavam, mesmo eu atuando como um médico nas comunidades carentes, mas em nome da dignidade, eu jamais trocaria um voto por uma consulta ou um frasco de medicamento. Da mesma forma, chegar perto de um político para obter os seus favores, sempre implicava na troca de votos por alguma necessidade de eleitor. Então eu me afastava intuitivamente dessa condição. Não tive nem terei o sucesso de Genoveva junto aos políticos, acredito, pois não estou a procura. Devo fazer algo semelhante, mas contando com a ajuda das pessoas mais humildes que seja. Caso algum gestor público se associe com essa ideia, sem o intuito de vantagem lá na frente, então poderei chegar perto. Mas essa é a minha opinião,, não sei o que Deus pretende fazer na minha trajetória de vida.