É neste dia que as igrejas ocidentais celebram a Epifania, a manifestação de Cristo aos gentios. E é nesse dia que as igrejas ortodoxas orientais comemoram o Natal.
Apesar de não haver relato bíblico sobre os nomes conhecidos tradicionalmente como os três Reis Magos, e que não seriam reis nem necessariamente três, mas sim, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros, diz-se três pela quantia dos presentes oferecidos.
Talvez fossem astrólogos ou astrônomos, pois, segundo consta, viram uma estrela e foram, por isso, até a região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Assim os magos sabendo que se tratava do nascimento de um rei, foram ao palácio do cruel rei Herodes em Jerusalém na Judeia. Perguntaram eles ao rei sobre a criança. Este disse nada saber. Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado, e pediu aos magos que, se o encontrassem, falassem a ele, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de matá-lo. Até que os magos chegassem ao local onde estava o menino, já havia se passado algum tempo, por causa da distância percorridas, assim a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de janeiro.
A estrela, conta o evangelho, os precedia e parou por sobre onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mateus 2:10). "Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus: ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, ser um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações a respeito do significado das dádivas dadas por eles. O ouro pode representar a realeza (além de providência divina para sua futura fuga ao Egito, quando Herodes mandaria matar todos os meninos até dois anos de idade de Belém). O incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu (Salmos 141:2). A mirra, resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, nos remete ao gênero da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19:39-40), sendo que estudos no Sudário de Turim encontraram estes produtos.
A visita dos “Reis Magos” e a dos pastores se complementam de forma extraordinária. Os dois grupos não poderiam ser mais distintos um do outro. Racialmente, os pastores eram judeus, enquanto os magos eram gentios. Intelectualmente, os pastores eram simples e iletrados, enquanto os magos eram estudiosos, homens sábios do oriente. Socialmente, os pastores pertenciam ao mundo dos desfavorecidos, já os magos eram ricos.
A despeito dessas barreiras raciais, intelectuais e sociais que geralmente separam as pessoas umas das outras, os magos estavam unidos aos pastores em sua adoração ao Senhor Jesus. Eles foram precursores de milhões de outros gentios que vieram a adorá-lo.
Existe outra versão de que existiu um quarto rei mago que atrasou na partida e atrasou mais ainda pelo caminho, porque parava dezenas de vezes para socorrer os necessitados.
Deu assistência a um doente abandonado em sua choupana, repartiu a merenda com os famintos, deu água do seu cantil para quem estava com sede, entregou o próprio manto real a um velho que tremia de frio, resgatou e libertou um bando de escravos, ajudou e confortou os condenados a morte, repartiu dinheiro com muita gente, deu a própria coroa.
Assim transcorreram mais de trinta anos. Afinal chegou trêmulo e envelhecido às portas de Jerusalém, numa sexta feira. Pesava o silencio e o luto na cidade. Haviam crucificado um homem que só fizera o bem. A cruz onde fora pregado ainda se via no alto do monte.
O velho rei chorou junto à cruz vazia, enquanto se lamentava: “Vim para ver o Messias, mas perdi minha viagem.” Avista um homem de branco que vem ao seu encontro. O velho, entre soluços, falou da sua missão e contou quantas vezes e porque parou pelo caminho. Então o homem de branco respondeu:
- Se foi por isso, você não perdeu a viagem, pois encontrou-se com o Messias tantas vezes quanto parou para socorrer os necessitados.
Depois, mostrando-lhe as mão chagadas, acrescentou:
- O que você fez a esses pequeninos, foi a mim que você fez. Vá em paz!
Vejo como a comprovação de uma profecia feita por diversos profetas no passado que diziam falar em nome de Deus, o nascimento de Jesus com todo esse aparato, inclusive mobilizando uma estrela para sinalizar um evento local. Como essa informação agride violentamente a Lei de Deus, de funcionamento harmônico do Universo, acredito que a citação de uma estrela tem o caráter simbólico e que pode ser justificado por outras possibilidades, como a existência de um disco voador que viria dar o arremate final, de sinalizar o nascimento na terra do ser mais evoluído que já foi encarnada, que iria dar uma melhor direção aos relacionamentos verificados na terra.
Jesus teve esse privilegio e a convicção de ser o filho de Deus e que em função de sua obediência, veio em paz na condição de um cordeiro pronto para ser imolado e deixar uma forte lição para ser seguida ao longo dos séculos.
Considero-me uma das suas ovelhas, que vivia perdida por esse mundo de ilusões, com a tendência de acumular tanto quanto fosse possível, de bens materiais. Foi devido a chance que tive de conhecer o Evangelho, que fez mudar os meus paradigmas e hoje a perseguição de bens espirituais estão em primeiro plano.