Quando me considerei cristão, quando reconheci a superioridade moral de Jesus Cristo e sua condição de enviado do Pai para nos ensinar lições básicas da evolução, estava desenvolvendo paralelamente a consciência espiritual. Reconheci a importância da principal lição que é aprender e aplicar a Lei do Amor, referendada em todas as crenças divinais pelo Amor Incondicional e tendo como bússola no cotidiano o “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
Foi de posse dessa consciência espiritual que reconstruí minha vida e sigo por um paradigma individual cujo comportamento referenda e objetiva o cumprimento da vontade de Deus dentro das minhas possibilidades inatas e adquiridas.
No caminho da vida existem os relacionamentos afetivos que proporcionam ou não companheiros para a jornada. Para uma pessoa como eu, com uma consciência espiritual já desenvolvida, posso me relacionar com todos quanto o Pai coloque ao meu alcance, mas para ser um companheiro de jornada é importante que possua também a consciência espiritual desenvolvida ou que queira a desenvolver com honestidade de princípios. Acontece que devido a diversas falhas nas informações religiosas, que deveria ser íntegras e verdadeiras no ensino das coisas espirituais e não são, existe muita gente que desenvolve uma consciência espiritual deformada quanto a aplicação da Lei do Amor, apesar de reconhecer a superioridade do Amor Incondicional frente a qualquer outra forma de sentimento ou pensamento. Surgem daí os conflitos entre os companheiros de jornada e desses conflitos o mais comum acontece dentro dos relacionamentos afetivos. Geralmente ele inicia com características românticas, de exclusividade, desenvolve o apego, o sentimento de posse e a partir daí a consideração do outro como um objeto ou mesmo como um estorvo, mas que deve ser obediente com o risco da própria vida.
Quem entra em relacionamentos com alto grau de espiritualidade e não procura evitar as características incompatíveis com o amor incondicional, fatalmente chega ao nível de comportamento onde a raiva, a ira e o ressentimento superam qualquer tipo de manifestação de amor. Depois de tantas experiências frustradas com relação aos meus relacionamentos íntimos que não conseguiram se libertar dessas correntes egoísticas que iniciam com o amor romântico, devo agora ser bem mais cuidadoso. Afinal de contas a Lei de Deus publicada em minha consciência e exibida nas minhas ações, é incompatível com a falta de transparência, com a exclusividade ou qualquer forma de injustiça.