Passamos a vida toda experimentando a força da gravidade sem associar os fatos a ela. Notamos por exemplo que os objetos “caem para baixo” como a maçã madura que despencou da árvore e impressionou o físico inglês Isaac Newton. Em função disso, ele foi o primeiro a apresentar em 1686, uma descrição correta do funcionamento dessa força na terra e no sistema solar, propondo que valesse para todo o Universo. Segundo Newton, todo corpo existente no Universo atrai e é atraído por todos os outros corpos. Ele concluiu ainda que, além de ser essa a força que puxa os corpos em direção ao centro da terra, é também ela a responsável pelo fato de a lua ficar em órbita ao redor do nosso planeta, que, por sua vez, gira em redor do sol. Ninguém sabe ainda explicar como essa força misteriosa funciona.
Existe outra força também difícil de explicar, mas de fácil comprovação, o amor. É a força mais abstrata e também a mais potente que há no mundo. Tem suas semelhanças com a força da gravidade, pois pensadores como o filósofo grego Empédocles (490-430), por exemplo, motivado pela vitalidade poderosa do amor, definiu-o como sendo “a força que preside a ordem no mundo”, incidindo, sem dúvida, no conceito de que a Divindade é amor, enquanto a criação resulta de um ato de amor. Sócrates (469-399), outro filósofo grego, na sua doutrina Maiêutica, distinguia-o pela feição divina, aquela que reúne todos e tudo. Portanto, parece que o amor, como a maior força e responsável pela manutenção do Universo na união dos elementos em todas as dimensões, origina a nível físico a força da gravidade para promover o mesmo efeito nos elementos materiais. Então, no campo físico, material, observamos a atração feita pelos grandes corpos celestes através da força da gravidade, estrelas, planetas, satélites, etc. No campo transcendental, abstrato observamos a força do amor, principalmente nos relacionamentos humanos, que provoca a aproximação, a inclusão, a solidariedade entre todos. O que dificulta o processo é que foi formado organismos biológicos compostos por trilhões de células, cada uma empenhada em sua própria sobrevivência e dessa forma gera uma outra força local que se contrapõe ao amor: o egoísmo. Mas, com o processo educativo, de esclarecimento das consciências, de erradicação da ignorância, o amor pode ser usado em plenitude e chegar até a posição ideal da criação do Reino de Deus.