Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
04/02/2013 08h15
FELICIDADE DO PERDÃO

            O salmo 31 da Bíblia aborda a felicidade do perdão e diz o seguinte: “Feliz aquele cuja iniquidade foi perdoada, cujo pecado foi absolvido. Feliz o homem a quem o Senhor não argui falta, e em cujo coração não há dolo. Enquanto me conservei calado, mirraram-se-me os ossos, entre contínuo gemidos. Pois, dia e noite, Vossa mão pesava sobre mim; esgotavam-se-me as forças como nos ardores do verão. Então eu Vós confessei o meu pecado, e não mais dissimulei a minha culpa. Disse: - sim, vou confessar ao Senhor a minha iniquidade. E Vós perdoastes a pena do meu pecado. Assim também todo fiel recorrerá a Vós no momento da necessidade. Quando transbordarem muitas águas, elas não chegarão até ele. Vós sois meu asilo, das angústias me preservareis e me envolvereis na alegria de minha salvação. –Vou te ensinar, Dizeis, vou te mostrar o caminho que deves seguir; Vou te instruir, fitando em ti os Meus olhos: não queiras ser sem inteligência como o cavalo, como o muar, que só ao freio e à rédea submetem seus ímpetos; de outro modo não se chegam a ti. São muitos os sofrimentos do ímpio. Mas quem espera no Senhor, Sua misericórdia o envolve. Ó justos alegrai-vos e regozijai-vos no Senhor. Exultai todos vós, retos de coração.”

            Esta é uma lição importante para quem se reconhece como filho de Deus e que procura seguir Sua vontade expressa na consciência. Como Ele é onipresente está sempre na minha vida, nada do que eu faça ou deixe de fazer, passará despercebido por Ele. Então, se eu não tenho faltas, ou se tendo as cometido, as confesso e obtenho o perdão, então me sinto feliz, pois meu coração não há dolo, maldade. Mas se eu não confesso as minhas faltas, fico calado frente ao Pai, o tempo avança, a osteopenia ataca meus ossos,  as dores me fazem gemer em constância. Então, se eu faço a confissão, não vou retirar os efeitos do tempo sobre minha biologia, mas os efeitos da culpa serão atenuados na minha consciência, as dores físicas não serão potencializadas pelas dores morais. Muitas angústias que atingirem a comunidade onde me insiro, não chegarão até mim. Deus se tornará assim o meu asilo das angústias, ao invés do aguilhão para as dores. Ficarei feliz, pois tenho a convicção de caminhar para a construção do Seu Reino.

Ele sempre está a dizer por várias formas de comunicação e até mesmo diretamente no meu cérebro, na minha mente, qual o caminho que devo seguir. Fico muitas vezes surpreso, pois sinto que tenho que atingir determinada meta e não sei como, tudo parece tão distante, até impossível de realizar. E de repente, as coisas se apresentam com as condições necessárias e suficientes para o trabalho começar. Nesse momento percebo a mão do Senhor na minha vida, colocando pessoas e coisas ao meu alcance, pessoas que também dividem objetivos semelhantes e que também seguem a Sua vontade. Então tenho que seguir a Sua observação, de que devo usar a inteligência privilegiada que Ele me deu, motivar a minha vontade com os argumentos necessários e fazer o que é preciso sem a necessidade de freios ou rédeas.

            Reconheço a influência constante do Pai, a necessidade de caminhar por onde Ele indica, e o cuidado de conter os impulsos ou implementar as ações. É neste último ponto o grande problema, pois conter os impulsos ou implementar as ações envolve os interesse do corpo, que é essencialmente egoísta, sempre em busca do prazer e fugindo do desconforto, se coloca geralmente em oposição aos interesses do espírito. É o instinto sexual sempre pronto para entrar em ação, mas que deve ficar sob o controle do amor incondicional e a esse prestar serviço, jamais ir em busca do prazer pelo prazer! Por outro lado, e da maior importância, pois a este efeito do corpo sempre rendo, é a preguiça. Deixar de fazer o que é importante para o espírito, que é o principal interessado na minha evolução real, e ficar de repouso exagerado e que muitas vezes ultrapassa as necessidades que na realidade ele precisa. Este é um pecado que sempre estou cometendo e que às vezes tenho até a preguiça de pedir perdão ao Pai, pecado sobre pecado! Somente a extrema benevolência do Pai consegue perdoar tal iniquidade do filho. Portanto, ainda sou um usuário constante do pedido de perdão, e se não tenho vergonha de continuar a fazer isso é porque sinto que não há maldade no meu coraçao. Assim, com tudo isso, sinto que minha vida é feliz, mas somente porque tenho a felicidade do perdão do Pai!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/02/2013 às 08h15
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