Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
11/03/2013 23h59
PAI E FAMÍLIA UNIVERSAL

            É muito justo o amor que dedico aos meus pais biológicos, mas ao Pai Universal eu devo amor muito mais, pois Ele é Pai das diversas famílias e não de uma só. Seguindo esse mesmo raciocínio, se é justo o amor entre os irmãos biológicos, justo é que os irmãos da família universal sejam amados acima dos irmãos biológicos. Isso parece uma incoerência, mas estou apoiado na pura lógica. A família universal é permanente, o Pai universal é também permanente e os irmãos desta família universal são também para toda a eternidade. Ao passo que na família humana, biológica, nuclear, e a tudo que a ela se refere é transitório, como todo ser humano é transitório. A família humana deve servir como campo de estágio para eu educar meus sentimentos, pois é muito mais fácil amar minha mãe e meu pai do que ao próximo.

            Eu sou filho de Deus antes que tivesse sido filho de meu pai biológico. Meu amor a Deus inspira o amor às criaturas que são suas obras. O amor há de ser a base de uma sociedade bem constituída. Os laços da família carnal devo deixar de lado quando se trate dos interesses de toda a família humana, a família universal, para qual a todos me liga o dever amplo associado ao Pai. Enquanto isso, a cada membro somente de minha família biológica, me liga um dever particular no seio da mesma, jamais comparável ao dever que tenho com a família universal.

            A condição do meu espírito que tomou um corpo e constituiu-se em uma família carnal aprende com mais facilidade entre seus membros a formação de laços espirituais, que são os laços do amor. Esses laços persistem após a morte do corpo físico e isso me liga melhor dentro da família espiritual que é o objetivo, enquanto que a carnal constitui apenas um meio. Nas condições da família carnal encerram os altos propósitos do Pai, donde sabiamente fazem brotar os mais belos sentimentos, entre companheiros, entre pais e filhos, entre irmãos e irmãos, construindo os laços de afeto que vão entrelaçar os membros da família espiritual.

            Sigo a lei do amor universal como a minha religião universal que a todos alcança e a todos está destinada a elevar para o Pai. Amor esse que é germinado na família carnal e que se eleva pelo desprendimento dos interesses materiais, do amor romântico, para vivificar no espírito o desejo do bem coletivo, universal. Uma aspiração para a verdade e o domínio absoluto sobre tudo que é da carne, conduzindo o meu corpo como instrumento e jamais como senhor da minha vontade, que segue a vontade do Pai.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/03/2013 às 23h59
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