Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
03/04/2013 06h17
VIVAM EM AMOR

            A escritura diz: “Vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós.”

            A Civilização do Amor que já existia na consciência do Papa Paulo VI, como a vontade Deus, e ele, o Papa, como Seu instrumento na terra, começou a fermentar entre os seres humanos. Paulo VI sentiu como é difícil cumprir a vontade de Deus dentro de uma sociedade dominada pelo egoísmo. A pessoa que tem essa missão como vontade de Deus pode até ficar isolada dentro da comunidade ou mesmo dentro do seu grupo congênere.

            Mas o pensamento da construção da Civilização do Amor, do Reino de Deus, não desaparecerá, mesmo que um homem só, mesmo que seja o Pastor designado por Deus, não tenha força para completar esse projeto. Mas com suas ações dirigidas a esse propósito, por menores que sejam, servem de semeadura dentro dos corações endurecidos , preconceituosos e ignorantes.

            No momento atual testemunhamos mais uma vez a eleição de um novo Pastor que a partir da suntuosidade do Vaticano, assume a humildade franciscana e defende mais uma vez a criação da Civilização do Amor. Sei que ele está respaldado pelo Evangelho, pelas lições que o Cristo nos deixou na qualidade de embaixador do amor. Sei que todos quantos recebem essas lições na consciência entendem a sua coerência, de que seja realmente o caminho que devemos seguir para alcançarmos uma sociedade justa e fraterna. Mesmo com essa compreensão, a força dos instintos e pulsões de natureza material, individualista e egoísta que se abriga em nossos corações, induz a comportamento hipócrita: defende a Civilização do Amor na teoria, sob a regência do Amor Incondicional, e na prática, no ensombramento das ações, deixa-se agir como instrumento do egoísmo, na regência do amor (?) condicional.

            As palavras do Pastor servem apenas como gotas de chuva a regar nossos corações que já estão semeados pelas lições do Evangelho. Se nenhuma plantinha brotar em nossos corações, em decorrência da semeadura do Evangelho, do adubo da verdade que o Pai coloca ao nosso alcance através do conhecimento com liberdade e força capaz de destruir preconceitos paralisantes da alma, e também do regar do Pastor, a Civilização do Amor jamais se instalará na terra.

            Eu senti no meu coração essa plantinha brotar, de início sem eu ter consciência de sua natureza. Mas hoje, sei que se trata do desígnio de Deus para a construção da Civilização do Amor. Agora eu procuro a adubar recolhendo cada vez mais fatias da Verdade que o Pai coloca à minha disposição. Com elas eu quebro preconceitos que compartimentaliza meu coração meu coração e dou espaço para a plantinha do Amor crescer dentro de mim. Sinto com alívio as palavras do Pastor minimizando a aridez de fraternidade que percebo ao meu redor.

            De uma coisa eu tenho certeza se quero manter a plantinha em crescimento, se quero assumir essa tarefa como missão determinada pelo Criador para a utilidade de minha atual existência: devo agir sempre com o foco no AMOR, por mais que isso cause reações dolorosas ao meu redor, quando minhas ações atingirem os interesses egoístas, até de pessoas que dizem me “amar” ou que “amam” pessoas que estão bem próximas de mim.

            Devo viver no AMOR, na sua forma mais perfeita e incorruptível, o Amor Incondicional, obedecendo a bússola comportamental que Jesus nos indicou: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.” Da mesma forma que sou vigilante para não desenvolver qualquer tipo de ação desviante nos meus relacionamentos e que agridam os princípios do Amor Incondicional, não posso ser omisso com as pessoas do meu bem querer mais próximo, minhas companheiras, meus parentes, meus amigos, quando por motivos egoístas eles tendam a agredir ou mesmo desconsiderar os princípios do Amor Incondicional.  

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/04/2013 às 06h17
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