Sonhei que estava de viagem marcada para outro estado, talvez Rio de Janeiro. Ia com um colega e estava numa casa não tão distante do aeroporto. Parei um táxi, que inadvertidamente, já estava com passageiros no banco traseiro, mas como eles não se incomodaram e iam para o mesmo destino, entramos também. Ao chegar no destino, achei o valor cobrado caro, ainda contestei, mas como foi rateado por todos se tornou barato. Ao entrar no aeroporto, percebi que tinha esquecido de levar minha passagem. Enquanto o tempo passava eu ficava avaliando as diversas opções que eu tinha para resolver o problema: 1) Voltar em casa e para pegar as passagens – o tempo poderia ser insuficiente; 2) Telefonar para alguém da casa me trazer a passagem – mas meu celular estava quase descarregando, talvez não desse para eu concluir o que queria e mesmo assim eu não saberia com certeza onde a pessoa deveria procurar a passagem; e 3) Ir ao balcão da empresa, colocar o problema e solicitar a 2ª via da passagem. O sonho se estruturava nessa problemática de analisar as diversas opções enquanto o tempo se escoava. Não cheguei ao desenlace da situação, mas pelo encaminhar da situação a tendência era que a viagem fosse perdida sem nenhuma das opções ter sido deveras utilizada.
Tenho a consciência do trabalho que tenho de realizar, do meu compromisso frente a mim e principalmente ao Pai. Reconheço cada vez mais a força dos obstáculos internos que residem dentro de mim e que tendem a me incapacitar a conclusão do que pretendo, da minha missão. O sonho mostra com clareza um fator precipitante dessas dificuldades e que pode terminar na minha derrota fragorosa frente ao Pai: minha falta de atenção, negligência e preguiça no enfrentamento do trabalho que tenho que realizar. O esquecimento da passagem para ir até o lugar que planejava, significa o esquecimento da minha missão em muitos momentos, no cumprimento da vontade do Pai. Deixo meu corpo se conduzir como se fosse num piloto automático em direção aos interesses da carne, aos prazeres imediatos que o corpo pode oferecer. Quando isso acontece, percebo em seguida a falha e fico a imaginar o que posso fazer para compensar. Acontece que essa forma de pensamento, de tentar corrigir minha falha, termina em consumir o tempo que tenho, a vida que está se escoando a cada minuto e que pode implicar na perda da minha missão.
Esta foi a advertência que o Pai me deu esta noite. Ele reconhece minhas boas intenções, minas ações positivas, mas teme que esses defeitos do meu caráter, a falta de atenção, a negligência, a preguiça, comprometa o sucesso da minha missão frente a Sua divina vontade.
Sei que é muito fácil dizer: Pai, perdoa-me, prometo me esforçar para isso não acontecer mais, pelo menos não com tanta frequência como vem acontecendo.” Sei também que se fizer esse pedido, dessa forma e com essa honestidade, o Pai me perdoará e voltará a confiar em mim. Acontece que á a minha consciência que assume cada vez mais um poder sobre os erros que estou cometendo. Lembro das palavra de Aristóteles: “Seja senhor da sua vontade e escravo da sua consciência.” Vejo que cada vez mais que não exerço o controle sobre minha vontade, de fazer o que é necessário, me torno mais escravo da minha consciência, e como ela não tem a compaixão divina do Pai, procura logo alguma forma de me punir