Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
27/04/2013 03h11
DEVOÇÃO CONSTANTE – NÃO VIOLÊNCIA

            O Baghavad Gita ensina que de modo geral, considera-se que não violência significa não matar ou destruir o corpo, mas verdadeira não violência significa não causar sofrimento injusto aos outros. Mergulhadas na ignorância, as pessoas em geral estão presas na armadilha do conceito de vida material, e sofrem perpetuamente dores materiais. Quem não eleva as pessoas ao conhecimento espiritual está praticando violência. Deve-se envidar todo o esforço para distribuir verdadeiro conhecimento às pessoas, para que elas possam se iluminar e deixar esse enredamento material. Isto é não violência.

            Essa forma de se devotar a Deus é a que tenho mais dificuldade de praticar. Não porque não tenho a disposição de ser pacato, de não matar ou destruir o corpo de ninguém. É porque existem pessoas do nosso círculo mais perto de relacionamentos que se conflitam comigo no aspecto da minha prática do amor incondicional frente aos preconceitos e interesses materiais dos meus interlocutores. Como eu posso elevar espiritualmente essa pessoa se ela não se permite ouvir ou considerar os seus pontos de vista, os seus preconceitos? Todo o esforço que eu possa fazer sempre vai esbarrar na intolerância que se instalou do outro lado.

            Também sei que minha incapacidade de praticar essa devoção se deve a minha pouca inteligência para descobrir o caminho que viabilizaria a minha prática de não violência. Devo fazer esse extremo esforço mental para alcançar essas pessoas e distribuir esse verdadeiro conhecimento da Lei maior de Deus, do amor incondicional.

            Enquanto encontro a forma de me aproximar das pessoas que hoje resistem à minha aproximação, posso praticar a não violência com todas as outras pessoas, e nesse caso o universo é enorme, de pessoas que conheço e que ainda não conheço. Não é porque duas pessoas desenvolvem ojeriza a mim, que eu deva ficar inoperante com as demais. Pelo contrário, aí em que eu devo ficar mais constante e eficiente com as outras pessoas. Mesmo porque, se o caso for devidamente analisado por quem quer que seja, será visto que eu estou de posse dos bens do espírito, não estou ligado a qualquer faceta do egoísmo como motivador de minhas ações.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/04/2013 às 03h11
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