Seguindo a orientação do Baghavad Gita, vou avaliar a simplicidade como mais uma forma devocional de amor a Deus. Vejo a Simplicidade como irmã gêmea da Humildade. O livro sagrado ensina que mesmo sem diplomacia, deve-se ser tão direto que seja possível revelar a verdade dos fatos mesmo a um inimigo.
Tenho comigo essa experiência de ter colocado a verdade dos fatos, mesmo com alguma diplomacia, a um pretenso adversário. Até hoje tenho dúvida se fiz o correto, pois isso gerou tamanha rejeição ao meu comportamento, pois a pessoa esperava outro tipo de comportamento, mais tradicional, cultural... o meu comportamento foi baseado na Lei do Amor, completamente distante das normas culturais da nossa filosofia ocidental. Mesmo com essas dúvidas pessoais, com a opinião dos amigos que conhecem os fatos e dizem que fui precipitado, que eu não poderia dizer toda a verdade dos fatos, mesmo assim, no fundo da minha consciência eu me considero correto, que fiz a coisa certa, mesmo que tenha gerado tamanha reação negativa ao meu redor. As pessoas que passaram a me hostilizar estão baseadas nas leis humanas; eu continuo a me comportar com base na Lei do Amor Incondicional que é a principal Lei e a essência do Criador. Fico assim numa posição privilegiada e vendo a incoerência dos meus adversários, eles que dizem seguir a lei de Deus na teoria, na prática estão muito longe de alcançar esse desiderato. E o pior, não têm consciência dessa incoerência que praticam e pensam estar cumprido fielmente a vontade do Pai, enquanto permitem que seus corações continuem repletos de ódio.
O Baghavad Gita continua orientando dentro desse elemento “Simplicidade”, quanto a aceitação do mestre espiritual. Isso é essencial, pois sem a instrução de um mestre espiritual genuíno, ninguém pode progredir na ciência espiritual. A pessoa deve aproximar-se do mestre espiritual com toda a humildade e oferecer-lhe todos os serviços para que ele fique contente e conceda suas bênçãos ao discípulo. Um mestre espiritual autêntico é um representante de Deus.
Fiz a minha aproximação com Jesus Cristo e reconheço nEle um espírito bem evoluído, bem próximo da essência do Criador e que bem O representou em nosso meio material como mestre divulgador da paz e do amor e continua no Seu trabalho na esfera espiritual, na condição de governador do nosso planeta. Procuro me aproximar dEle cada vez mais com humildade e disposto a oferecer os meus serviços, harmonizando os trabalhos que ele exige com aqueles que o próprio Deus colocou em minha consciência. Considero assim que Ele seja o meu Mestre Espiritual, o meu irmão mais velho, mais sábio, mais instruído, mais próximo do Pai; que Ele também sabe da responsabilidade que o Pai colocou em minha consciência e como o representante de Deus irá me ajudar em cada momento de dificuldade nos quais eu tenha necessidade de um apoio.