De certa forma no texto de ontem eu briguei com o meu mentor espiritual da área da humildade (despertei agora que eu não tenho um só mentor espiritual, assim como não temos um só professor para nos ensinar todas as disciplinas da escola formal. São Francisco surge logo na minha consciência como o mentor da humildade, e surgem em seguida outras personalidades espirituais que certamente me ajudam e intuem durante o percurso que devo fazer em direção a Deus: Bezerra de Menezes, Emmanuel, Joanna de Angelis, Chico Xavier, entres outros que devem surgir na consciência e que deverei em outro momento fazer a sua organização).
Mas voltando ao que estava dizendo, briguei ontem com Francisco de Assis, e hoje quero brincar com ele. Sei que ele também era voltado para as brincadeiras e era até considerado o Jogral de Deus. Eu sou um pouco mais sisudo, mas tem momentos que vem na mente pensamentos hilários e termino por deixá-los expressos causando risos tanto para mim quanto para os circunstantes. Foi assim que chegaram a minha mente os pensamentos de que eu estava tendo um relacionamento homo, quando lembrava a relação hetero que Francisco de Assis anunciou e cumpriu. No começo de sua missão, quando ainda vivia na casa dos pais, São Francisco já começava a paquerar distinta senhora e com ela pensava em casar. Os amigos desconfiaram que ele estivesse apaixonado e ele não negou. Disse que era a senhora mais distinta de Assis e com ela iria casar. Os amigos ficaram surpresos em existir na cidade uma dama tão prendada como aquela que Francisco descrevia, até que ele revelou que essa dama era a Senhora Pobreza, que havia entrado em seu coração e que dominava todos os seus pensamentos. E agora ele só gostaria de viver por toda a sua vida ao lado dela.
Então eu fiz a relação dele comigo. Não tento competir com o Irmão de Assis no sentido de casar e viver para sempre com a senhora Pobreza, mesmo ela estando disponível. Mas terminei por me envolver afetivamente com outra figura que de igual forma entrou no meu coração e domina meus pensamentos e sentimentos. Estou paquerando há muito tempo com essa figura e disposto a me unir com ela e viver para sempre em sua companhia. Imagino os meus amigos chegando perto de mim e perguntando por quem estou apaixonado, pois meus olhos se perdem no vazio a procura de alguém que ninguém mais ver, meu coração se torna tão sensível que até ao ver uma pétala de flor cair com o peso do orvalho e impulsionado pela leve brisa da manhã, consegue fazer lágrimas dos meus olhos... Respondo para eles como fez São Francisco, é a pessoa mais luminosa que conheci, mais compassiva, mais compreensiva, mais tolerante; de seus atos nunca vi sair nada que não fosse puro amor, mesmo por aqueles que a agridem, moral ou fisicamente; de suas palavras nunca vi sair palavras destrutivas, sempre saem palavras com o intuito de construir ou de reconstruir o coração de quem vive com medo, amargurado, desesperançado, confuso e humilhado na sua condição humana. Meus amigos surpresos querem saber o nome dessa pessoa, pois todos imaginam que não exista, que seja fruto da minha imaginação. Digo para eles com a voz temperada pelos meus sentimentos: o Amor Incondicional.
Oh!!!! Fazem meus amigos em uníssono! Uma relação Homo! Como pode ser? Eu digo a eles que não é como eles estão pensando, que não tem nada a ver com o sexo, não é uma relação homossexual. Mesmo assim eles não se conformam e chegam a dizer que eu devia ter procurado uma senhora como São Francisco fez com a Senhora Pobreza e que hoje está viúva e disponível. Se não quisesse essa Senhora teria tantas outras, como a Caridade, a Paciência, a Tolerância, a Justiça, a Benevolência, a Fraternidade... todas senhoras de boas virtudes e disponíveis e que eu já paquerei com muitas delas... Mas ninguém entendia porque meu coração foi justamente se amarrar com o Cavalheiro Amor Incondicional. Todos tentaram me demover da ideia, mas acontece que meu coração já estava preenchido com o Amor Incondicional. Não adiantou a ameaça que eles prenunciaram que eu iria ficar isolado neste mundo onde todos respeitam o amor incondicional em teoria, mas ninguém o aplica em suas vidas; que eu poderia fazer como todos fazem, ter apenas um “caso” com o amor incondicional e o deixar para lá, mas não querer conviver as 24 horas do dia com ele. Ainda por cima, eu iria enfrentar a fúria do amor romântico, que exige exclusividade e o amor incondicional pratica a inclusividade de todos.
Eu avaliava que a opinião dos meus amigos era para me preservar dos sofrimentos que iriam surgir, mas eu já estava totalmente preenchido pelas vibrações etéreas do Amor Incondicional e nenhuma ameaça deste mundo material seria capaz de me demover. Estou pronto para me unir definitivamente com o Amor Incondicional, a levar adiante essa relação Homo, mesmo com todos os preconceitos que irão surgir em todas as dimensões, mas terei a solidariedade do Jogral de Deus, do Mestre Jesus e do próprio Deus!