Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
26/05/2013 23h59
O DIA DO SENHOR

            Ainda não tinha despertado para a importância do primeiro dia da semana, o domingo, para ser dedicado ao Senhor, como o sábado é dedicado para os judeus.  Nesse dia o Senhor ressuscitou o Mestre Jesus, o grande pastor de ovelhas, até agora não superado por ninguém; é o dia em que o Espírito Santo veio ao mundo e se manifestou entre os apóstolos; é o dia em que os primeiros cristãos se reuniam para partir o pão e ouvir a palavra de Deus (Atos, 20:7). Para o apóstolo João que vivia desterrado na ilha de Patmos, estava claro que o Senhor havia falado com ele no domingo, e ele o registrou como o dia como o dia que pertence ao Senhor. E se o dia é do Senhor, então é um dia reservado para nos encontrarmos com aqueles que pertencem ao Senhor, para ouvirmos a palavra do Senhor, para desfrutar pás lições e da presença do Cristo vivo para quem assim o considera.

            Eu sabia que o domingo é considerado universalmente como o primeiro dia da semana e que para nós, ocidentais, é feriado, um dia de repouso. Agora devo incorporar essa compreensão do domingo ser também o dia do Senhor ao meu paradigma de vida, associado aos critérios de devoção constante ao Criador, como ensina o Baghavad Gita. É um dia no qual sempre eu estou reunido com algumas pessoas, principalmente os parentes. Ficava sempre preocupado com a divulgação da palavra de Deus entre eles, já que eu tenho uma consciência mais aprofundada dessa responsabilidade. No entanto, muitas vezes eu não encontrava espaço, devido ao intenso envolvimento de todos em brincadeiras, jogos, conversas irônicas... acreditava que eu iria passar por um fanático que em toda ocasião estaria tirando o pessoal das brincadeiras, do lazer para falar da Bíblia ou rezar, que isso poderia ser visto como uma coisa antipática para os meus convidados. Mas quando eu não falava a minha consciência acusava de que eu não havia cumprido o meu dever. Mas como fazer isso sem me tornar um chato e terminar por transformar negativamente o ambiente de minha convivência?

            Foi ainda dentro desse dilema que fiz hoje a leitura do livreto a “A boa semente – devocional de 2013” que fala do primeiro dia da semana como dedicado ao Senhor e o associei a um outro livro que adquiri recentemente intitulado “Jesus no lar”, onde relata as experiências que Jesus tinha ao lado dos seus apóstolos e amigos quando ele retornava de suas atividades diárias e se reuniam na casa de Pedro. Foi com o primeiro capítulo deste último livro que encontrei os fortes argumentos para eu fazer o que minha consciência já me cobrava: falar sobre a palavra, a vontade de Deus, com os amigos e familiares.

            Nesse capítulo, Jesus ficava a observar a conversação frívola que se desenvolvia entre os presentes, assim como eu também observava nas minhas reuniões. Na casa de Pedro o Mestre tomou a palavra e fez algumas indagações aos presentes. Perguntou o que faziam o pescador, o oleiro, o carpinteiro em suas profissão com relação a comunidade. Todos concordaram que o pescador levaria seus melhores peixes ao mercado, o oleiro molharia e amassaria o barro para lhe dar a forma desejada, o carpinteiro usaria suas ferramentas para transformar a madeira bruta no objeto delicado que tinha planejado. Então o Mestre deu seguimento a Seu pensamento explicando que, se todos trabalham para oferecer o melhor de sua arte para a comunidade, então porque não fazer o mesmo no lar, já que o mesmo é considerado o laboratório de onde sairão os novos cidadãos? Devemos trabalhar cada membro da família, principalmente as crianças, para moldar o caráter de cada um dentro dos princípios do amor e da harmonia, da justiça e da fraternidade, considerando e respeitando que cada um é espírito individual com seus próprios projetos junto ao Criador. Devemos respeitar a vontade e o projeto de vida de cada pessoa, mas sempre ressaltar o lado egoísta, prepotente, orgulhoso, intolerante que deve ser abastado, amassado em cada um, num processo de reforma íntima, até chegar a um comportamento excelente para levar harmonia e justiça à comunidade.

            O Mestre então concluía a lição ressaltando que da mesma forma que usamos a mesa para nos alimentarmos com o pão, que seja também colocada sobre a mesa a palavra de Deus para alimentarmos o espírito e assim sermos capazes de domesticar, controlar e burilar o corpo e seus instintos.

            Com esta leitura e os comentários que fizemos sobre o seu conteúdo, satisfiz a minha consciência e agradeço ao Mestre Jesus a oportunidade que Ele me proporcionou de ter encontrado a forma mais adequada de fazer isso, mostrando a nossa responsabilidade dentro da comunidade, pois se nos preocupamos em fazer o melhor possível dentro de nossas profissões para com o trabalho atender as necessidades do povo, porque não fazemos o mais importante dentro do lar, que é formar bons cidadãos e conhecedores da vontade de Deus?

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/05/2013 às 23h59
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