Lucas (5:29) descreve que havia uma multidão de publicanos na casa de Mateus. Este desejava que seus amigos ouvissem a palavra de Deus diretamente dAquele que conquistara seu coração. Até aquele momento ele fora um coletor de impostos do governo romano, odiado por seu povo. Por ser rico, ele pode reunir uma “multidão” de publicanos em sua casa.
Os fariseus consideravam os coletores de impostos pessoas vis, “pecadores”. Ofendidos pelo fato do Senhor estar ali com esses tão detestáveis, eles não se dirigiram ao próprio Jesus, mas aos seus discípulos.
Porém, o Senhor ouviu e lhes respondeu que quem precisava de médico eram os doentes, não os saudáveis. Veio para chamar os pecadores ao arrependimento e não os justos. Quem eram os verdadeiros pecadores? Os publicanos? Não, porque a própria atitude deles demonstrava que necessitavam de um Salvador. Mas os religiosos não conseguiam discernir a repugnante doença que os consumia – a iniquidade do orgulho próprio – e, portanto, acreditavam firmemente que não tinham do que se arrepender.
O arrependimento é imperativo para todos nós. É a única maneira de nos livrarmos do cativeiro do pecado. Acusar os outros é um sintoma de escravidão, e a raiz disso é o orgulho.
Quando faço uma reflexão sobre esse relato de Lucas e o comportamento de Jesus, dentro de sua missão de levar a verdade, a Boa Nova, o Reino de Deus a todos, principalmente aqueles que arrependidos se mostravam como doentes à procura de cura, seja de qual região ou religião fosse, procuro então fazer um paralelo com a missão que tenho na minha consciência. A missão de levar o Amor Incondicional à pratica do cotidiano dentro das mais diversas relações, principalmente as relações afetivas, íntimas.
Vejo que as pessoas que já possuem o amor se comportam como aquelas que já se consideravam salvos, não queriam que mais ninguém fosse incluído, principalmente alguém que não possuísse a fé, que não possuísse o amor. Então eu faço o mesmo que Jesus, sou mais sensibilizado por alguém que ainda não tem o amor, que necessita ser incluído pelo amor. Para fazer isso eu uso o Amor Incondicional, com a sua característica de inclusão, que não observa barreiras culturais ou preconceituosas para chegar até o coração necessitado. Assim como Jesus sofria as críticas de quem sentia o orgulho ferido, eu sofro as críticas de quem se sente enciumado, por entenderem que o amor deve ser exclusivo e que não deve ser partilhado a não ser com todos os limites que a cultura possa oferecer.
Mas, Jesus já deixou a Sua lição magnífica de como construir esse Reino de Deus que é a vontade do Pai. É aplicar o amor incondicional, é construir uma família universal onde todos sejam incluídos. O Pai colocou em minha consciência que eu deveria colocar em prática as lições que o Mestre com seu sacrifico pessoal veio nos ensinar e agora não posso ficar bloqueado por nenhuma manifestação de critica social, religiosa, preconceituosa ou mesmo efeitos do ciúme sobre a consciência de minhas parceiras, que mesmo querendo construir ao meu lado esse Reino, ainda sofrem horrores sob os efeitos do egoísmo, da exclusão dos afetos, do ciúme, principalmente!