Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
12/06/2013 00h40
DEVOÇÃO CONSTANTE – ASPIRAR A VIVER NUM LUGAR SOLITÁRIO

            Esta orientação do Baghavad Gita quanto o nosso nível de devoção constante para a aproximação com Deus, implica no momento em que alguém já se encontra adaptado ao modo de vida espiritual e essa pessoa não vai mais querer conviver com pessoas materialistas. Isto seria contra sua natureza. O devoto deve testar-se, diz o Baghavad Gita, vendo até que ponto está inclinado a viver num lugar solitário, sem associação indesejada. É claro que ele não se interessa por diversões desnecessárias ou ir ao cinema ou participar de algum acontecimento social, porque compreende que tudo isso é mera perda de tempo.

            Essa orientação do Baghavad Gita entra em desacordo com a Lei de Deus que Ele já instalou na minha consciência, de ajudar a construir o Seu Reino na terra com base no amor incondicional. Para fazer isso eu tenho que entrar em relacionamentos os mais diversos, com as mais diferentes pessoas, inclusive encontros íntimos quando a vibração do amor assim sinalizar. Portanto, não posso aspirar a viver num lugar solitário, não posso considerar desnecessárias as oportunidades dos encontros, do lazer, dos acontecimentos sociais; não posso encarar tudo isso como mera perda de tempo.

            Entendo que a convivência com pessoas materialistas, que ainda são dominadas pelos sentimentos egoístas, principalmente aqueles derivados do amor romântico que gera o ciúme e a exclusividade, formam uma grande dificuldade de convivência harmônica. Por esse motivo já vivo sozinho e satisfeito perante Deus, pois as companhias que chegam próximos de mim, quaisquer que seja o grau de parentesco ou de intimidade, sempre resvalam para os sentimentos e comportamentos de exclusão para com o próximo quando o considera adversário, uma real ameaça aos seus interesses individuais. Até aqui a missão que o Pai me deu se encaixa nas orientações do Baghavad Gita. Discorda com relação a aspiração de viver sempre num lugar solitário.

            Eu vivo sozinho em um apartamento, como consequência de cumprir a vontade do Pai, na manutenção desse relacionamento afetivo que expresso com base no amor incondicional, na inclusividade, e não com base no amor romântico e sua exclusividade. Mas não sou uma pessoa solitária e que persegue como objetivo o isolamento. Dentro da minha missão é justamente o contrário. Eu desenvolvo diversos relacionamentos tantos quantos o Pai me oferta em minhas diversas atividades. Aplico em cada um deles o amor incondicional e procuro ensinar a todos a importância de se comportar assim como condição necessária para ser um cidadão do Reino de Deus.

            Então, não posso cumprir essa orientação do Baghavad Gita, senão deixarei de cumprir a orientação que o Pai já me reservou. Não quero dizer assim que o Baghavad Gita está errado, não é isso. Apenas cada ser humano tem um caminho a seguir e ninguém tem tarefas iguais a algum outro. Pode ter tarefas e sentimentos parecidos e isso viabiliza o companheirismo e até a convivência, se não existir algum aspecto de conflito que possa trazer desarmonia ao relacionamento. O meu caminho é este, já está bem definido na minha consciência e aceito por meu livre arbítrio. Todas as orientações que se harmonizarem com essa diretrizes do Pai, eu aceitarei e aquelas que não o fizerem eu não considerarei. É o que farei com esta orientação específica do Baghavad Gita, mas com todo respeito e a procura de cumprimento das demais devoções constantes quanto à viabilização de um melhor relacionamento com Deus.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/06/2013 às 00h40
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.