Novamente Madre Teresa de Calcutá me surpreende com seus pensamentos tão próximos dos meus:
A vida de Cristo, e não apenas a sua morte, mas principalmente o seu modo de viver constitui-se em exemplo de fé, abnegação, inconformação com a injustiça, envolvimento social e revolução conceitual. Ah! Como nós que nos dizemos cristãos precisamos aprender muito mais sobre o viver de Jesus.
Acredito sinceramente que precisamos nos tornar mais semelhantes a Cristo em Suas ações, envolver-nos com o povo, e não buscar o incenso da ilusão, que é ministrado no altar de nossas pretensões. Precisamos entender o verdadeiro sentido do morrer e do renascer de Cristo tanto quanto de seu modo de vida e de suas atitudes revolucionárias. O mundo clama por pessoas autênticas, que ajam de forma coerente com a mensagem que julgam defender e pregar.
Essa compreensão de Madre Teresa vai na mesma direção daquela frase do Gandhi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo.”
Também penso dessa forma, e por pensar diferente do modo de ser da cultura, principalmente nos relacionamentos afetivos e que geram a família tradicional, vivo hoje dentro de um paradigma bem diferente do que é defendido publicamente.
Procurei atuar com justiça e transparência dentro do que eu sentia e que não achava justo deixar de seguir em frente, já que estava amparado na Lei maior, do Amor Incondicional. Dessa forma minha vida passou a ser totalmente diferente do estilo de vida formatado dentro de nossa cultura, que obedece ao amor romântico e suas exigências de ciúme e exclusividade dentro das relações familiares, na construção da família nuclear. Nesse contexto eu posso considerar a minha forma de agir como revolucionária dentro dos padrões culturais de minha comunidade e procuro agir de forma autêntica e coerente com as prioridades que reconheço como tal.
No entanto eu sinto que, apesar de agir com coerência dentro dos meus paradigmas conscienciais, ainda não atingi um nível de publicidade em que a comunidade possa se debruçar sobre meus arrazoados e avaliar o grau de justiça e solidariedade que ele pretende desenvolver. É um passo que eu devo colocar em prática o mais breve possível, para seguir o exemplo de Jesus, de Gandhi e formar assim o meu próprio modelo e exemplo, possa me envolver socialmente e também promover a revolução conceitual.