Toda a humanidade está sujeita a morte e os livros sagrados dizem que isso é por causa do pecado. Jesus veio até nós e com Sua sabedoria explicou que nós podemos vencer a morte. Para isso deu o exemplo, morreu e voltou a se relacionar com seus amigos, parentes e discípulos. Provou que não estava morto, provou que vencera a morte! Agora, como fazermos isso também? Ele disse que o salário do pecado era a morte. Então o segredo da morte é o pecado. Mas qual segredo é esse?
Entendo que o pecado está associado aos valores egoístas que surgem das necessidades individualistas do nosso corpo. Os instintos fazem com que nos comportemos de forma antiética e imoral para obter aquilo que deseja a carne, para evitar a morte, para se perpetuar, no próprio corpo ou através dos filhos. E isso sempre acontecerá, o corpo tem a sua finitude e um dia irá se desintegrar no meio da natureza, como é o destino de todos os corpos materiais. Acontece que nós não somos o corpo, nós somos espíritos criados por Deus e que estamos nos corpos para aprender lições necessárias à nossa evolução no mundo espiritual. Se nós ficamos apenas preocupados com o corpo e agindo de acordo com o que ele exige, sem o devido cuidado com a ética nas relações, então estamos recebendo paulatinamente o devido salário que se concretizará com a morte.
Nesse momento consciencial entra em cena as lições do Mestre Jesus, revelando a existência do mundo espiritual e que devemos construir aqui no mundo material uma sociedade fraterna que conduza à família universal, ao Reino de Deus, assim na terra como nos céus, a partir da mudança em nossos próprios corações. Mostra com clareza que a vida real não se processa aqui na matéria, no mundo das formas efêmeras, e sim no plano espiritual onde tudo se constrói e evoluem em direção à perfeição, nos mais diferentes níveis. O que importa não é esse corpo enorme composto por trilhões de células vivas que anseiam por permanecerem vivas; o que importa é o nosso espírito que temporariamente está usando essa organização biológica por vontade de Deus, para no uso de nossa consciência colaborar voluntariamente no seu projeto de aperfeiçoamento individual e social. Aprendemos assim que depois desse aprendizado nossa consciência (espírito) volta ao mundo real e avaliará a necessidade de voltar ou não ao mundo material tantas vezes quantas preciso for. Assim essa passagem para lá (morte) e essa volta para cá (nascimento) nada mais são do que passagens em planos da existência, necessárias à nossa evolução espiritual. Quando apreendemos esse contexto, a morte deixa de existir na sua arrogância definitiva, de que ela é quem tudo termina para sempre. Passa a ser mais uma “funcionária” da vontade de Deus. Não mais me preocuparei tanto em atender os apelos da carne, pois sei que isso pode até atrasar a minha evolução, não temerei que o corpo se desintegre, pois esse vai ser o destino dele um dia. Quando penso assim, a morte fica vencida no seu papel de arrogância final, é apenas a mensageira de Deus que diz ser hora de voltar a pátria espiritual e prestar contas das lições aprendidas no estágio material e realizadas a contento. Não vou mais trabalhar para o corpo com exclusividade ou prioridade no uso do egoísmo, não vou mais receber tanto salário do pecado, não vou mais concluir tudo isso com a morte definitiva. Agora eu sei que sou eterno e tenho uma destinação celestial.