Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
29/07/2013 00h01
DENTRO DA JUSTIÇA

            Sinto que Deus continua a falar comigo, agora na leitura diária que faço na Bíblia encontro esse trecho em Provérbios 24:23-29:

            23 O segue é ainda dos sábios: Não é bom mostrar-se parcial no julgamento. 24 Ao que diz ao culpado: “Tu és inocente”, os povos o amaldiçoarão, as nações o abominarão. 25 Aqueles que sabem repreender são louvados; sobre eles cai uma chuva de bênçãos. 26 Dá um beijo nos lábios daquele que responde com sinceridade. 27 Cuida da tua tarefa de fora, aplica-te ao teu campo e depois edificarás tua habitação. 28 Não sejas testemunha inconsiderada contra teu próximo. Queres, acaso, que teus lábios te enganem? 29 Não digas: “Far-lhe-ei o que me fez, pagarei a esse homem segundo seus atos.”

            Estas palavras me levam a refletir nos aspectos da justiça no meu comportamento, é isso que o Pai deseja que eu faça neste momento.

            23 Nunca procurei fazer isso, mas a advertência é válida. Por instinto, impulso, há uma tendência que eu veja o meu lado como o mais importante e desconsidere as razões do outro. Então eu tenho que ficar vigilante quanto a isso, de não ser parcial, de não ver o meu lado como o mais importante, em detrimento do outro. O julgamento é coisa séria e devo estar consciente de que, da mesma que eu julgar o próximo, eu também serei julgado.   

            24 Também não posso dizer ao culpado que ele é inocente. Devo considerar todos os fatos e argumentos para levantar a voz da justiça com os olhos devidamente vendados. Sou instigado a julgar o comportamento do meu filho. Ele é inocente? Não sei o que ele fez em vidas passadas, não cabe a mim considerar isso neste nosso atual relacionamento. Agora cabe considerar o que fazemos, fizemos e faremos. Do mesmo modo que ele está sendo julgado por minha consciência, eu também sou julgado. Nos pratos da balança ele está em um e eu em outro. Cabe a mim como Pai, educar, orientar, disciplinar... cabe a ele como filho ser obediente. Da mesma forma que ele deve obediência a mim como seu pai, eu também devo obediência a Deus como meu Pai. Hoje vivo sozinho, sem ninguém a conviver ao meu lado. Não é porque eu quero, é porque o Pai me deu uma missão que se a cumpro integralmente como procuro fazer essa é uma consequência. Por acaso eu não fico a meditar que viveria muito mais confortável na convivência dos meus três primeiros filhos e com a minha primeira esposa, se não tivesse assumido essa vontade de Deus na minha consciência de aplica o Amor Incondicional na minha vida como um modelo para meus irmãos e um protótipo do Reino de Deus? Não estaria agora envolvido em toda essa confusão, nessa onda de ódio ao meu redor, de intolerância, de desprezo, de repulsa até! Isso faz bem ao meu coração? Claro que não! Eu poderia viver em paz e fidelidade com minha primeira esposa, da forma que ela queria e que a cultura defende, mas resolvi atender ao apelo do Pai! Agora, o meu filho não quer atender aos meus apelos, a minha autoridade de pai... Nem falo do reconhecimento de vontade de Deus, nosso Pai comum, em minha consciência. A minha consciência diz para eu o advertir com vigor, que eu tenho a responsabilidade enquanto pai e enquanto mantenho a sua subsistência. Vejo os seus pensamentos entranhados por caminhos muito diferentes daqueles que existem em minha mente e que foi por causa desses pensamentos que ele passou a existir. Se eu não tivesse aceito o Amor Incondicional como foco da minha vida como o Pai sugeriu, eu não teria quebrado a exclusividade do meu amor com minha primeira esposa, não teria incluído a mãe dele em meu coração, ele não teria surgido da união dos nossos corpos. Então, ele é criatura destes pensamentos que tantos pensam ser imorais, que ele agora pensa da mesma forma, e que eu não mereço por isso a sua consideração. Aqui está o nó da questão: posso dizer ao meu filho, “tu és inocente?”

            25 Vejo que é chegado o momento de repreensão. O que devo repreender de mim? De ter cumprido a vontade do Pai? Jamais! Não vejo nisso culpa, e sim obediência, por mais que eu me sinta prejudicado na falta do conforto e compreensão dos parentes que eu poderia ter e não tenho da forma ampla como desejo. Tenho que me repreender na forma que deixei ser conduzida a minha vida com este meu filho que hoje sofre e que não dei a devida veemência nesse aspecto central da minha vida, de mostrar que eu jamais iria viver como uma família padrão neste mundo, pois esta não era a vontade de Deus para mim. Deveria ter sido muito mais explicito, mas com medo de ser expulso como terminou acontecendo, eu não fiz isso. É uma falha grande, minha, perante o Pai. Mesmo eu sabendo que em nenhum momento eu deixo ninguém que convive ao meu lado enganado ou sem saber da forma dos meus pensamentos, eu deveria ter tido a sabedoria de avaliar se a convivência estava sendo saudável ou não e de forma pacífica ter assumido a minha solidão, não ter ficado refém do medo e mantido uma situação que terminou por gerar tanta raiva nos corações que eu tinha por dever educar na harmonia. Não tenho, Pai, que repreender ninguém! É a mim mesmo que trago todas as repreensões, pois apesar de ser honesto e transparente em minhas ações, não soube bem avaliar o coração do meu próximo, o que ele podia suportar, ensinar o máximo que eu pudesse dessa missão que Vós me destes. Agora estou na solidão, o que eu tinha medo de acontecer, e com os corações destroçados das pessoas que amo e que eu não tive a competência de evitar!

            26 Espero ter extraído do fundo do meu coração os motivos justos dessa repreensão... espero Teu beijo em meus pensamentos!

            27 Este conselho é muito prático. Tenho muita tarefa fora para fazer, tenho que me preparar psicológica e tecnicamente, tenho que organizar todos os trabalhos que estão sendo conduzidos e em planejamento. Fiquei o domingo todo no meu apartamento, sozinho, com essa incumbência. Depois edificarei a minha habitação e já sinto que estou fazendo isso, não só a habitação material para dar repouso ao corpo, e sim, muito mais a habitação vibracional dentro d harmonia do amor incondicional onde tenho a colaboração do Mestre Jesus e todos seus apóstolos e discípulos assim como a bênção do Pai.

            28 Este é um caso delicado, de ser testemunha contra meu próximo, pois posso ser imperfeito, como na realidade sou. Não posso também dizer ao culpado que ele é inocente, mas como chegar a esse ponto? De chegar a um julgamento perfeito ao dizer que o meu próximo é culpado? Prefiro ficar calado, colocar os meus argumentos e deixar que a lei de Deus também se manifeste em sua consciência.

            29 Já estou convicto que não farei o mal em troca do mal que me fizerem. Jamais pagarei com ódio, o ódio que me atingirem; jamais pagarei com raiva as maledicências que me jogarem; jamais deixarei de amar, a voz perversa que me amaldiçoar... Procurarei chegar o mais perto do Mestre que me ensinou com o Seu exemplo: Pai perdoa-os, pois não sabem o que fazem!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/07/2013 às 00h01
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