Quando decidi pautar minha vida pelo amor incondicional eu sabia que teria que viver dentro de certos limites, que não poderia ter um comportamento que não fosse coerente com os princípios desse amor. Conhecendo os princípios eu posso estabelecer os limites e metas para a minha conduta. Davi já tinha demonstrado essa preocupação há milênios, quando ele escreveu “O modelo do justo”, no Salmo 14, encontrado na Bíblia Sagrada:
2 O que vive na inocência e pratica a justiça, o que pensa o que é reto no seu coração, 3 cuja língua não calunia; o que não faz mal a seu próximo, e não ultraja seu semelhante. 4 O que tem por desprezível o malvado, mas sabe honrar os que temem a Deus; e que não retrata juramento mesmo com dano seu, 5 não empresta dinheiro com usura, nem recebe presente para condenar o inocente.
Com essas observações e esse modelo, eu posso fazer algumas perguntas básicas:
- Meu caráter é verdadeiro? Eu vivo uma vida correta e meu caráter não é manchado por falhas morais e éticas? Por corrupção e incoerência? Sim, eu posso responder, não vejo nenhuma falha moral ou ética sobre mim... também não pratico corrupção nem sou incoerente naquilo que penso e faço.
- Meus relacionamentos estão bem? No cômputo geral, sim. Mesmo sabendo que as mulheres que se aproximam mais de mim, que chegam a partilhar intimidades comigo, se mostram com sofrimento em função dos meus paradigmas. Mas eu não consigo evitar, não posso modificar o meu pensamento e comportamento para satisfazer A, B ou C, desconsiderando as minhas metas. É algo que não quero que aconteça com ninguém, não exijo de ninguém algo nesse sentido. O que posso fazer é dizer quem eu sou, como eu penso e ajo. Que penso que estou correto e assim não tenho intenção de mudar.
- Honrei todos os meus compromissos? Todos que estão coerentes com a minha atual forma de pensar. Quando casei eu tinha outra forma de pensar, por isso diante do padre me comprometi com algo que com a minha mudança na forma de pensar, deixou de ser coerente. Então, essa honradez com o compromissos devem estar coerentes com a forma de pensar.
- Ganho e uso o meu dinheiro de modo honrado? Sim, todo o dinheiro que ganho em troca dele eu ofereço meu trabalho. Pode até ser que dentro dos princípios legais eu cometa alguns deslizes, como ter diversas fontes de pagamento quando só me é permitido no máximo duas. Mesmo assim não deixo de fazer o trabalho que esperam que eu faça em função desse pagamento. Até o dinheiro que chego a emprestar para ajudar algum amigo que esteja em dificuldade, coloco o juro abaixo daquele praticado pelos bancos tradicionais, então isso não caracteriza usura. Ainda mais sabendo que, posso muito bem ter prejuízos em função da falta de pagamento em alguma ocasião e que estou pronto para absorver esse prejuízo.
Assim eu posso concluir que, apesar de existir alguns deslizes no meu comportamento, posso me considerar dentro de uma vida correta.
Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/08/2013 às 00h01
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