A carta que Jesus ditou a João para ser entregue à igreja de Sardes é a única que não contem nenhum elogio. Ela ficou conhecida pelas outras seis igrejas da província por sua vitalidade. Nenhuma falsa doutrina florescia entre seus membros.
As aparências, no entanto, eram enganosas e aquela congregação de alto nível social era um cemitério espiritual. Quando os olhos do Cristo observaram por debaixo das aparências, ele disse: “Não achei suas obras perfeitas aos olhos do meu Deus” (Ap 3:2). Sardes havia adquirido uma reputação diante dos homens, mas não diante de Deus. Essa distinção entre reputação e realidade, entre aquilo que os seres humanos veem e aquilo que Deus está vendo, é de grande importância. “O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração” (1Sm 16:7).
Essas considerações também fazem parte daquilo que Deus quer me falar ao me apresentar Jezabel. A conclusão que cheguei ontem era que eu devia procurar a natureza semelhante a Jezabel e que mora dentro de mim, e que tem forças para se expressar, mesmo que não seja de forma pública. Sei que nossos instintos e tendências animais fazem parte da nossa natureza biológica, não podemos evitar que subam à nossa consciência. O que não podemos é deixar que eles se expressem no nosso comportamento, mesmo que seja um comportamento isolado, longe das vista de qualquer pessoa. O mundo pode nos considerar uma pessoa perfeita ao avaliar meu comportamento público, mas Deus, que vê o coração, logo percebe a hipocrisia dos atos.
Assim, vou procurar caracterizar bem o comportamento e pensamento de Jezabel para depois fazer a comparação com todo o meu comportamento, público e privado.
Com a ajuda da Wikipédia levantei os seguintes dados. Jezabel (também Jezebel) foi uma princesa fenícia casada com o rei Acab de Israel. Jezabel era filha do rei dos Sidônios Etbaal, tendo o seu casamento com Acab sido o resultado de uma aliança que tinha como objectivo fortalecer as relações entre Israel e a Fenícia. Jezabel continuou a adorar os deuses fenícios, mas não se limitou a isso, pois combateu o Deus de Israel. Recorreu ao dinheiro do tesouro público para sustentar os 450 profetas (ou sacerdotes) do deus Baal e os 400 profetas da deusa Achera (deusa fenícia da fertilidade). No palácio real seria mesmo construído um templo dedicado a Baal. Aparentemente o seu próprio marido sentiu-se atraído pelo culto destes deuses, relegando Javé para segundo plano. Os sacerdotes e profetas israelitas foram eliminados ou então tiveram que se exilar no deserto devido à perseguição promovida pela rainha. A resistência local contra esta política religiosa foi encabeçada pelo profeta Elias. Numa espécie de concurso religioso levado a cabo no Monte Carmelo, Elias derrotou todos os profetas de Baal, que morreram, pretendendo desta forma o Livro de Reis mostrar como o Deus de Israel era a única divindade. Quando Jezabel soube disto ficou furiosa, pretendendo mandar matar Elias, que teve fugir para Judá. Mulher determinada e independente, Jezabel não olhava os meios para conquistar os seus objectivos. Acab desejava a vinha de Nabot, contígua ao palácio de Jezrael, mas este recusou-se a vendê-la. Sabendo disso, Jezabel envolveu-se na questão, enviando cartas em nome de Acab aos chefes de Jezrael. O conteúdo das cartas ordenava a detenção de Nabot por blasfémia contra Deus e contra o rei e a execução deste por apedrejamento sob denúncia de duas falsas testemunhas. Segundo a lei da época, a propriedade de alguém que tivesse cometido essas ações passaria para o rei. Nabot foi executado e Jezabel presenteou o marido com a vinha. Quando Elias soube dessa ação profetizou que cães devorariam Jezabel no campo de Jezrael. Um comandante chamado Jeú liderou uma revolta contra a família real, na qual matou o filho de Jezabel, Jorão. Quando Jezabel soube da revolta pintou os olhos e adornou a cabeça, desafiando Jeú da janela do palácio. Este ordenou aos eunucos da rainha que a atirassem da janela (defenestração): Jezabel morreu, tendo o seu sangue atingido as paredes e os cavalos. Uns cães que por ali passavam devoraram o corpo da rainha. Depois de ter feito uma refeição no palácio, Jeú ordenou que Jezabel fosse sepultada, dado que se tratava da filha de um rei. De acordo com o Segundo Livro de Reis, os servos do palácio apenas encontraram o crânio, os pés e as mãos da rainha. Por causa desta rainha o nome "Jezabel" encontra-se associado na cultura popular a uma mulher sedutora sem escrúpulos.
Como eu identifiquei que o meu comportamento é mais condizente com o comportamento da igreja de Tiatira, devo procurar dentro dos diversos aspectos psicológicos que formam o meu ego (representação do corpo) e suas relações com o meu Eu Superior (representação do Espírito), essa tendência caracterísitca do Espírito de Jezabel.
No livro “Desmascarando o espírito de JEZABEL” de John Paul, ele coloca 14 características relacionadas que servirá de forte evidência de que o indivíduo esteja debaixo de influência maligna. Uma manifestação prolongada de qualquer uma dessas características exige uma avaliaçãomais atenta do indivíduo e da situação. Colocarei logo abaixo, em negrito, a minha posição quanto a característica.
Não sinto essa ameaça, nao tenho a pretensão de controlar quem quer que seja.
Nenhuma identificação.
Nenhuma identificação.
Nenhuma identificação.
Nenhuma identificação.
Tenho essa atitude principalmente nas relações íntimas nas quais sou confrontado na questão do amor romântico x amor incondicional. Mas não sinto que me coloco na defensiva, apenas tento explicar um comportamento considerado anômalo dentro da coletividade com a interpretação coerente do meu ponto de vista na aplicação do amor incondicional em qualquer situação, sem respeitar qualquer barreira, por entender que essa é a lei maior e que emana do Criador.
Tenho essa compreensão que o Amor Incondicional é a última palavra da vontade de Deus, e quem estiver contra ela estará contra o próprio Deus, pode ser inclusive qualquer tipo de pastor. Não procuro sair falando sobre isso em detrimento da oração, mas não fujo à sua defesa se sou provocado quanto a isso.
Não vejo motivos impuros em tentar defender na prática a aplicação do Amor Incondicional em todas as relações. Gostaria muito que houvesse discípulos nesse sentido, que houvesse seguidores, pois assim estaria sendo construído o Reino de Deus. Seria muito bom ter a afirmação desses seguidores. Mas como não vejo motivos impuros a não ser o cumprimento da vontade de Deus, nao há identificação.
Não temo colocar em questionamento as “minhas revelações”, inclusive até patrocino isso, quero que a inteligência de outros me apontem os erros cognitivos que eu possa estar sofrendo.
Acredito que eu tenha que fazer isso, a compreensão que eu tenho da vontade de Deus quanto a aplicação prática do Amor Incondicional na formatação do Reino de Deus, implica na divulgação dos meus pensamentos e comportamento. Mas procuro ver com toda a coerência essa fundamentação da Lei, da palavra de Deus.
É isso que eu temo que aconteça, que os meus desejos carnais influenciem a minha capacidade cognitiva e tente distorcer a palavra de Deus para o cumprimento desses desejos. Por isso toda a essência do meu pensamento é colocada em público para que eu receba a crítica de inteligências que não tenham nenhum compromisso com a minha forma de pensar, para ver se existe algum argumento lógico que desautorize a minha forma de pensar e agir.
Procuro sempre que faço a imposição de mãos, pedir para que seja auxiliado pelos bons espíritos e que me auxiliem através do meu magnetismo animal a levar benefício às pessoas.
Não tenho essa pretenção de mostrar em público minhas virtudes para que seja assim beneficiado. Pelo contrário, sinto que sou mal compreendido, pois a cultura humana local vai de encontro a Lei de Deus a qual eu defendo em todos os níveis.
Posso identificar essa turbulência em minha vida familiar, mas sempre vejo na razão disso, a motivação do amor romântico com toda sua carga de ciúme e exclusividade em choque com o Amor Incondicional que defendo e pratico, através da fraternidade com todos, o amor que inclui a todos. Tenho parceiras espiritualmente fortes e não desejo conquistar pela “força” nenhum dos meus parentes ou companheiras. Espero sim, que o senso de justiça prevaleça e que sejam colocados em meu lugar para ver a vida com os óculos que eu possuo e avaliar assim com maior propriedade a verdade ou mentira daquilo que eu tento praticar.
Com essas considerações ponto a ponto, não vejo nenhuma identificação do meu comportamento com o espirito maligno de Jezabel. Mas acredito que John Paul deixou de registrar a 15ª caracteristica e nessa eu me enquadraria amplamente. Seria mais ou menos assim:
Pronto, essa é a Jezabel que existe dentro de mim e que o Pai com todo o carinho e sabedoria fez com que assomasse a minha consciência. Aquilo que eu fazia até ontem, sozinho, sem a presença de ninguem, no campo da imaginação, mas que estava na sintonia com o perverso, não posso deixar mais que essas ações particulares me sintonizem com o mal na obtenção de prazer. Deus não permite que isso aconteça, Ele quer que tenhamos ações íntegras em todos os níveis, publicos ou privados. Fazer o contrário é ser hipócrita, mesmo que ninguem venha a identificar isso, pois está a nível dos meus pensamentos e da minha intimidade individual, exclusiva. Posso até ser perdoado, pois antes eu não tinha essa compreensão, mas agora com esta lição que o Pai me deu, eu não posso mais voltar a essas práticas solitárias, pois aí sim, eu seria um verdadeiro hipócrita!