Seguindo na análise minuciosa da mensagem recebida em fins de agosto, destaco agora o texto seguinte:
Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.
Jesus não exigiu nenhuma outra condição para sermos considerados seus discípulos a não ser a condição de amarmos uns aos outros. Não é necessário estar filiado a qualquer templo religioso, a qualquer orientação filosófica. Simplesmente assim, amar uns aos outros! Porém a nossa herança egoística associada à condição animal é forte obstáculo a essa realização. Temos que obter a compreensão do nosso objetivo evolutivo quanto o aprimoramento do espírito, que é nossa principal meta, e deixar em segundo plano as exigências que a carne tem para se manter no mundo das aparências.
Na minha trajetória em busca de um sentido para a vida, cheguei a ter contato com as lições de Jesus. Reconheci nEle uma autoridade moral ímpar, impressão essa ratificada por todos avatares que tive conhecimento e que chegaram a saber de Jesus. Então procurei absorver suas lições de Amor, como fazia na academia, entendia como uma verdade inconteste pela crítica racional e parti para a sua aplicação como era a orientação, a partir da transformação do meu próprio coração. Ele disse que se eu agisse dessa forma, como seu discípulo, amando aos outros, ao próximo como a mim mesmo, eu estaria contribuindo para a construção do Reino de Deus.
Eu sei que não tenho nenhuma carteirinha de identificação como discípulo de Jesus, mas sei que isso não é preciso. Basta eu conseguir amar aos outros, quem quer que seja esse “outro”, para assim eu ser identificado como seu discípulo. Mesmo que a pessoa nunca tenha ouvido falar de Jesus, mesmo que tendo ouvido não queira seguir suas lições, não queira ser o seu discípulo, isso não importa. O que importa é o que eu devo fazer para ser reconhecido por mim mesmo, por Jesus e pelas pessoas de boa vontade, que eu sou um autentico discípulo.
Tudo isso está a nível de minha consciência, de minha intenções e motivações. Mas para levar isso para as ações é um outro aspecto. Reconheço que ainda possuo muitas imperfeições que impedem essa livre expressão de amor aos outros. Timidez, vergonha, medo, egoísmo, julgamentos... enfim, uma infinidade de obstáculos que fazem do meu ato de Amor, um ato fraco e nebuloso. Assim, ainda considero a minha identidade como discípulo do Cristo, fraca e nebulosa.
Mas sei que Ele é paciente e tolerante, sabe de minhas convicções e de que estou tentando melhorar a cada dia. Sei que Ele aceita essa identidade precária que ainda possuo à espera que ela fique cada dia mais visível.