Seguindo na análise minuciosa da mensagem recebida em fins de agosto, destaco agora o texto seguinte:
Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.
Agora chega uma espécie de complementação do “amar aos outros” como condição de ser discípulo de Cristo: dar frutos!
Isso quer dizer que o ato de amar não pode ficar na ociosidade, na contemplação. Exige que haja frutos, haja trabalho, realizações. É uma condição que deve estar associada uma a outra, amar e dar frutos.
Faço agora uma reflexão sobre isso e procuro lembrar, desde quando eu assumi ser discípulo de Cristo, que decidi amar aos outros e colaborar na construção do Reino de Deus, quais foram os frutos que produzi? Fiz amigos, fiz filhos, fiz companheiras... Esses parecem que são os meus principais frutos. Pode ser contestado, mas isso todo mundo não faz? Acontece que nesses meus frutos eu procuro injetar o Amor Incondicional, uma forma de nutrir que leva ao desenvolvimento pessoal material e espiritual. Todas as pessoas que estão no meu círculo, amigos, parentes e companheiras, recebem de forma justa o quinhão de Amor que posso lhes dar, respeitando os devidos limites do tempo e do espaço... Não posso estar com todos ao mesmo tempo e a minha ausência da vida de alguns pode parecer muito dolorosa.
Devo fazer constantemente uma avaliação na seara que o Senhor destinou para mim, para ver a qualidade e quantidade de meus frutos. Devo ser habilidoso, pois o Pai quer muitos frutos, mas quanto mais fruto eu produzo menos tempo eu tenho para cada um deles. Assim eles entram no sofrimento devido a ausência, a saudade, que pode se transformar em desgosto, em ressentimento. Se isso acontece, é como uma verdadeira praga nos campos do coração. O Amor que eu procuro injetar em cada coração, se não estiver limpo do egoísmo, vai deteriorar a natureza desse amor e se transformar até no seu oposto, o ódio. Tal qual o leite, ao ser depositado numa vasilha suja, logo azeda e estraga.
Cada fruto que eu produza, devo logo procurar limpar o seu coração da sujeira do egoísmo, mostra a natureza do meu trabalho na seara do Senhor, de produzir o máximo de frutos com o uso do Amor Incondicional, e que a ausência de perto dele em determinados momentos vai ser uma necessidade e uma constante. Que essa ausência com o sofrimento que traz, sirva de motivo para júbilo junto a mim, mesmo distante, com a compreensão que esse é o meu trabalho no cumprimento da vontade de Deus e que se a pessoa existe como um fruto meu, é porque assim estou fazendo a vontade do Pai.