Seguindo na análise minuciosa da mensagem recebida em fins de agosto, para a compreensão da minha missão, destaco agora o trecho seguinte:
Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como eu também guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor. Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa.
Jesus procura ser bem didático e fazer uma relação direta dEle, com o Pai e comigo, na corrente do Amor. Da mesma forma que Ele ama o Pai, Ele também me ama; se eu perseverar no meu Amor a Ele, guardar os Seus mandamentos, ser constante no Seu Amor, da mesma forma que Ele guarda os mandamentos do Pai e persiste no Seu Amor, a alegria dEle estará em mim e minha alegria será completa.
Então o meu modelo de comportamento será o modelo de Jesus frente ao Pai. Da mesma forma que Ele ama ao Pai com perseverança, eu também deverei amar ao Mestre com perseverança que automaticamente estarei amando ao Pai, como se fosse um papel carbono. Amando a Jesus estarei amando a Deus. Para pessoas mais materializadas poderia ser difícil amar diretamente a um Deus que não se ver, não se toca, não se ouve; é mais fácil amar uma pessoa que está ao nosso lado, que convivemos com ela. Então Jesus veio até nós, assumiu a carne animal com todos os seus instintos e motivações, para dar o exemplo mais claro que poderia ser, de como amar ao Pai que ninguém ver. Basta amar a Jesus da forma que Ele ama ao Pai, que estamos também amando a Deus.
Aprendi bem essa lição que Jesus deu. Hoje eu tenho plena convicção da existência do Pai como Jesus ensinou, que Ele está ao meu alcance a qualquer hora ou lugar, e que posso me relacionar diretamente com Ele, que posso inclusive absorver a Sua essência e ser “como um Deus”, pois foi isso que o Mestre disse: “vós sois deuses”.
Assim, eu me considero discípulo do Mestre, sigo Suas lições, seus exemplos, mas reconheço uma ordem direta do Pai para mim, que é coerente com as lições de Jesus, mas que me colocam num caminho diferente, quando aplico o Amor nas minhas relações afetivas, íntimas, o que não acontecia com Jesus. Mas o Pai me mostra que tudo na vida é evolução e o Seu filho mais capacitado, Jesus, não conseguiu ensinar tudo que sabia a nós porque ainda estávamos muito atrasados. Somente a reformulação da lei de Moisés para a aplicação da lei do Amor, já foi um esforço considerável para que entendêssemos e pudéssemos aplicar. Depois de mais de 2000 anos dessas preciosas lições ainda estamos patinando aqui na Terra. Defendemos com veemência a lei do Amor, sabemos que ela é fundamental para a formação do Reino de Deus, mas poucos conseguem a aplicar.
Aqui estou então nessa posição, o irmão caçula de Jesus, que ainda não consegue caminhar com firmeza nas próprias pernas, que não consegue ainda articular o pensamento e defender com sabedoria a vontade de Deus em qualquer circunstância. Sou intimidado diversas vezes, tenho medo de ser ridicularizado, tido como um radical, um xiita da religião... Mas aceito a vontade de Deus, como Ele quer que eu aja, e mesmo engatinhando e balbuciando pelo caminho, mas é o caminho que ele me quer dentro dele e assim o farei: perseverar no Amor!