Seguindo na análise minuciosa da mensagem recebida em fins de agosto, para melhor compreender a missão que o Pai me ordenou, destaco agora o trecho final:
Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vos conceda. O que vos mando é que ameis uns aos outros.
Esta parte final da lição, apesar de eu ter a intuição dela, mas sendo dita de forma tão veemente, ainda me causou surpresa. Então eu não escolhi Jesus como Mestre, foi Ele que me escolheu como discípulo!? Parece estranho, pois eu sentia uma autonomia de procurar os meus caminhos, em quem acreditar, em quem seguir... Tenho diversas leituras de todos os cantos do planeta, com instruções espirituais profundas... O meu intelecto de forma vaidosa aponta que a decisão é minha de escolher qual o caminho a seguir, de ser discípulo de quem quer que seja. Dá uma espécie de parafuso na cabeça, essa perda de minha autonomia de escolher e passar a ser escolhido. Parece uma coisa passiva, que eu tenha sido escolhido como um objeto. Mas logo vem na minha racionalização outros argumentos, que podem muito bem terem sido colocados pelo Mestre.
Eu não perdi a minha autonomia, o meu livre arbítrio, em qualquer momento eu posso sair do caminho que percorro e entrar em outro; posso deixar de seguir o Mestre e encontrar outro modelo. Mas o Mestre tem amplas condições dadas pelo Pai de sondar os nossos corações. Observou no meu as condições apropriadas para investir com profundidade na essência de suas lições. Assim fez a Sua escolha por mim, me constituiu com as lições que me colocou à disposição nos diversos livros, filmes, músicas, experiências pessoais e de terceiros. Em tudo Ele mostrava a essência da Sua lição do Amor Incondicional e eu ia absorvendo sem preconceitos, com senso de justiça e solidariedade. Ele me preparou dessa forma para ir pela vida e produzir os meus frutos, que eles tenham qualidade divina e que permaneçam. Ele assim me constituiu e me capacitou para que tudo que eu peça ao Pai seja atendido, pois Ele sabe que nada mais pedirei além daquilo que seja para cumprir a vontade de Deus, que é o objetivo principal dEles, do Pai e do Filho. E reforça sempre na minha consciência: amai aos outros!
Pronto, termino assim essa série de considerações a respeito de minha missão. Depois desse pente fino, afugento as minhas dúvidas sobre a natureza divina da missão que sinto dentro da consciência. Não podia Jesus ter sido mais claro nessas justificativas que enviou para mim. Não posso mais perder tempo e voltar a ter dúvidas, devo prosseguir no meu caminho, pois muito tenho a fazer. Claro, sempre estarei aberto às críticas, mas elas têm que justificar racionalmente a incoerência dessas lições que acabei de receber e analisar com minúcias.