Fiz a leitura na reunião do domingo com parentes e amigos, de um texto que reproduzia uma lição dita por Jesus na casa dos seus amigos, quando Ele estava entre nós. Ele dizia que o Pai, preocupado com os seus filhos que viviam na ignorância e que precisavam de auxílio para saírem do sofrimento, enviou pessoa de muito conhecimento para os ajudar. Enviou pessoas que por suas habilidades intelectuais se transformaram cada um por sua vez, em um cientista, um sábio, um militar, um artista... todos eles falharam na sua vez. Envolveram-se com a vaidade de suas qualidades e esqueceram os irmãos desprezados que eram o objetivo de suas vindas. Foi quando ele enviou outro que não se preocupou tanto com o crescimento de suas habilidades cognitivas. Antes procurou servir à necessidade de todos, tanto dos homens de cultura e poder, mas principalmente dos pobres e necessitados. Então Jesus conclui sua história chamando a atenção de que possuímos duas asas para voar em direção ao Pai, uma é o saber e outra é o amor. O saber é importante, mas o amor é do mais alto significado. Podemos até nada saber, mas se temos a capacidade de amar, tudo é tolerado, superado, alcançado, harmonizado.
Jesus afirmou em várias ocasiões que nossa principal lição neste mundo é aprender à amar. Amar de forma incondicional, é o conceito do Amor mais alto, que se confunde até com o Pai.
Considerando as devidas proporções de pureza do espírito, também me considero um mensageiro do amor. Mas tenho muita distância moral e de eficácia dos espíritos superiores. Tenho vergonha em algumas situações, em outra tenho medo de causar sofrimento na pessoa que está ao meu lado em algum momento. Tudo isso e muito mais impedem uma ação competente da minha parte. Sei que Deus deposita muita confiança em mim, pela intuição que tenho da Sua vontade na minha consciência. Mas sei também que estou muito aquém do que Ele espera de mim.
Sou um mensageiro do amor, confuso, atrapalhado, medroso, preguiçoso... Sei do caminho, tenho uma bússola, mas não consigo produzir... não consigo sair da minha individualidade para a coletividade, do meu saber acadêmico para um fazer solidário.
O que me consola dentro desse contexto, é que sei da confiança do Pai em mim, que Ele sabe das minhas fraquezas e me perdoa no limite da minha honestidade de convicções, que Ele está disposto sempre a dialogar comigo, a me dar aquilo que necessito, mesmo quando não sei o que é, quando não peço ou quando peço errado.