Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
05/10/2013 00h01
DEPURAÇÃO ESPIRITUAL

            Na condição de médico e terapeuta, vejo que os sofrimentos dos meus pacientes, a maioria deles, são as consequências da vontade. Posso ver que resultam de causas que poderiam ser evitadas, dos excessos, da ambição, das paixões. Se tivessem vivido sobriamente, sem abusar de nada, com simplicidade de gostos, modesto nos desejos, se pouparia de muitas doenças.

            Da mesma forma é com o espírito. Os sofrimentos que enfrentarão no mundo astral são consequências da forma como viveu na Terra. Certamente que não terá mais as úlceras, hepatites, etc, que são sofrimentos ligados ao corpo físico que não existe mais. Porem terá outros sofrimentos que não serão menores. E esses sofrimentos resultam dos laços que ainda existem entre espírito e a matéria, e quanto mais se liberta da influência da matéria, se desmaterializa, sofre menos sensações penosas.

            Depende de cada um libertar-se desse vinculo materialista desde a vida atual. Cada um tem o livre arbítrio e por conseguinte a faculdade de escolher entre fazer ou não fazer. A lição para fazer essa desmaterialização é domesticar as paixões animais, para não sentir ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho. Para depurar a alma se deve cultivar os bons sentimentos, fazer o bem e dá às coisas deste mundo a importância que elas merecem. Fazendo assim, mesmo encarnado já estamos depurados, libertos da matéria e quando deixar o corpo já não sentiremos sua influência.

            Tenho tido essa preocupação com relativo sucesso. Controlo devidamente minhas paixões e coloco-as a serviço do Amor Incondicional. Fico até surpreso com o ciúme, por exemplo, que tantas pessoas sofrem gravemente dele e eu praticamente não possuo. Assim é com os outros penduricalhos do egoísmo. O que me afeta fortemente são as exigências do corpo, mas não dos relacionamentos.

            Na área do corpo considero a preguiça e a gula meus mais fortes adversários, principalmente a gula. Pois na preguiça eu também entendo que desenvolvo muitos trabalhos materiais e isso diminui minha vitalidade para as ações espirituais. Agora, com relação a gula eu tenho sofrido diversas derrotas, não consigo controlar a quantidade de alimento suficiente para a manutenção do corpo. Sempre exagero na quantidade e na qualidade e isso me deixa sempre na faixa perigosa do sobrepeso.

            Então esse é o meu calcanhar de Aquiles, onde a doença pode surgir. Tenho que tirar a lição que meus pacientes oferecem e evitar também esse descontrole na alimentação. Por enquanto a minha saída estratégica é o jejum, pois eu evito estar perto dos alimentos e ingerir uma quantidade qualquer, pois semelhante com o que acontece na dependência química, o primeiro gole desencadeia a doença.

            Porem, mesmo com essa providência o corpo reage e tenta manter o peso apesar do jejum. Este é o quinto dia que estou no jejum e o peso que perdi não é equivalente ao que eu perdia no passado. Sinto que o corpo fica preparado para suportar dias sem alimento sem apresentar fraqueza. Certamente o fato também aconteceu com Jesus, que chegou a passar 40 dias de jejum no deserto. Mas como ele era mais espiritualizado, seu corpo não exercia mais tanta influencia sobre o seu espírito como o meu corpo exerce sobre mim. Mas isso também faz parte do meu aprendizado.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 05/10/2013 às 00h01
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