Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
15/11/2013 01h01
O SONHO DO BARCO

            Estava fazendo a leitura diária quando me lembrei do sonho do barco. Então decidi que iria somente terminar de ler o trecho da Bíblia que eu havia começado, para fazer o relato do sonho, antes que esquecesse. Interessante que no trecho final da leitura da Bíblia dizia o seguinte: “porque os sonhos que os tinham agitado tinham-nos informado antecipadamente, para que eles não perecessem sem conhecer a causa de sua desgraça.” (Sabedoria 18:19). Esse foi mais um reforço para fazer a descrição desse sonho e a sua interpretação.

“Alguns parentes ou amigos tinham roubado de marginais (mafiosos) muitas pedras preciosas. Conseguiram um barco e junto com outros parentes meus e amigos, inclusive mulheres, se fizeram ao mar. Só consegui identificar com clareza somente o meu irmão gordo. As outras pessoas, mesmo não sendo diretamente identificadas, eu sinto que eram os meus irmãos que seguiam conosco.

“Resolvemos entrar no mar aberto e ir para distante, pois sabíamos que os marginais estavam à nossa procura que qualquer dia nos encontrariam. Saindo no barco para curtir a vida em outros locais distantes, eles dificilmente nos encontrariam.

“Depois de muito navegar percebi que estávamos numa espécie de praia, nas proximidades de um rio e que deixava espaço para banhistas e local para ficarmos na areia. Perguntei ao meu irmão que estava com o mapa na mão e ele disse que estávamos em algum local da França. Percebi que o barco estava sendo arrastado para a areia por um adolescente local, que talvez quisesse alguma gorjeta por seus serviços. Rejeitei a oferta e seguimos caminho por uma espécie de rio. Nesse ponto nós íamos a pé, não sei com quem, e o barco tinha ficado na água com algumas outras pessoas. Só que nós estávamos subindo e não percebemos que o barco não podia nos acompanhar, e quando verificamos onde estava o barco não o encontramos. Voltamos preocupados tentando o achar e depois de algumas peripécias, o encontramos numa espécie de delegacia local com o adolescente de antes acusando para o delegado, uma figura estranha, magra e com um estômago proeminente, como se tivesse feito redução e precisasse agora de uma plástica corretiva. Vi que ele acusava meu irmão de estar embriagado e eu disse que não era verdade, eu o tinha visto apenas com o mapa nas mãos. Fomos a procura dele que se encontrava na areia ao lado do barco, com uma latinha de cerveja nas mãos e aparência de embriagado. Vi que o delegado agora tinha autoridade de registrar nossas digitais e nossos rostos, numa espécie de Xerox onde o rosto ficava colado no aparelho e o perfil da pessoa era reproduzido. Tentei fazer algo para que o delegado não divulgasse essas imagens, pois temia que os marginais que deviam estar nos procurando conseguisse nos encontrar. Insinuei algo com referência a minha profissão e a necessidade que ele tinha de uma cirurgia, mas aparentemente não surtiu efeito.”

Não lembro mais do desenrolar, talvez tenha acordado... Mas já dá para se fazer uma boa interpretação. Tudo se encaixa nos textos anteriores que publiquei neste diário e que dizia respeito a não acompanhar os pecadores, os ímpios. A alegoria do barco é muito clara, eu havia embarcado num barco adquirido com o fruto de roubo e agora estava fugindo das prováveis conseqüências. Quer dizer que, se eu assumo participar da vida dos pecadores e do usufruto do seu trabalho, vou ficar também exposto as mesmas penas que cabem a esses. Mesmo que dentro do barco o meu comportamento seja exemplar, eu estou seguindo numa direção que é contrária a minha. Essa interpretação se afirma quando eu passo a caminhar na areia em direção ao alto e o barco não pode nos acompanhar. No entanto aqueles que estão dentro do barco podem fazer. Somente ia uma pessoa comigo, as outras estavam dentro do barco que se perdeu e foi parar na delegacia (juízo final).

Assim o Pai permite que eu seja esclarecido com mais profundidade sobre as minhas intenções de ficar perto dos pecadores no sentido de preparar o terreno para que a semente do Amor Incondicional possa germinar. O que eu devo fazer é caminhar a pé ao lado do barco, ensinando aqueles que queiram aprender. Posso até entrar no barco em algumas ocasiões para tentar sensibilizar alguém para sair e caminhar em outras trilhas, mas não permanecer dentro dele e fazer parte de sua tripulação. Tudo isso tem aplicação prática, pois nas reuniões que eu participo, profissionais, espirituais e principalmente familiares, ficar dentro do barco significa ficar dentro da roda de brincadeiras irônicas, lascivas, mas não pertencer a elas.    

Mais uma vez Deus permite a minha educação no campo espiritual, com o sonho que enviou para mim e com a advertência precisa da Bíblia, para que eu não pereça (deixe de cumprir minha missão e seja incluído no rol dos ímpios) sem saber a causa dessa desgraça.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 15/11/2013 às 01h01
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