A Família Universal proposta e ensinada por Jesus como base do Reino de Deus... Que falta faz!
Não pude deixar de pensar assim quando terminei de ler um artigo postado na Coluna “Cena Urbana” de “O Jornal de Hoje, 13-11-13. Mostrava o caso da atriz Norma Bengell que ficou famosa com uma cena onde corria nua numa praia deserta, no filme “Os Cafajestes”. Foi considerada a mais bela e ousada cena do cinema brasileiro em 1962, sob os protestos da TFP (movimento social Tradição, Família e Prosperidade) nas ruas do Rio de Janeiro.
“Sua vida de 78 anos, entre luzes e sombras, acabou nas trevas da velhice, doente e pobre. Prisioneira de uma cadeira de rodas num apartamento de Copacabana, vendendo seus objetos de algum valor para comprar remédio e comida. As últimas fotos mostram um rosto dilacerado pela dor da pobreza. O câncer de pulmão foi fatal, mas doía menos do que a vergonha de pedir aos amigos que pagassem seu plano de saúde, o mais duro papel que a triste pobreza fez representar.”
Esse trecho poético e melancólico do colunista foi o que fez saltar da minha mente o título deste diário. Na condição de extremado defensor da Família Universal e da construção do Reino de Deus, logo pensei que se já estivesse estabelecido entre nós, não teríamos casos como esse.
Lembrei também de uma crônica sobre Jesus e uma cortesã (puta, na linguagem chula dos dias atuais). Ela O viu pela primeira vez e ficou encantada. Logo foi despertado o amor romântico nas suas veias e fez o convite ao jovem rabi da Galiléia para que fosse até sua mansão, onde existiam perfumes deliciosos, caros óleos para massagens e carinhos para o seu corpo, pois uma forte chama de amor assim a atraia. O Mestre delicadamente rejeitou o convite, dizendo que não podia naquele momento, mas que não faltaria oportunidade no futuro. Ela foi embora frustrada e revoltada, pois nenhum homem havia rejeitado tal convite saído dos seus lábios sedutores. Passaram cerca de dois anos, e o Mestre teve oportunidade de passar por aquela mesma localidade na missão de curar os enfermos e ensinar sobre o Reino de Deus. Foi informado que havia uma mulher acamada a necessitar de Seus préstimos e ao chegar na pocilga em que ela vivia, reconheceu naquela pústula de carne corcomida pela lepra, a cortesã do passado. Ela também O reconheceu e envergonhada perguntou porque agora Ele a procurou. Ele a toma nos braços e simplesmente responde com as palavras dela do passado: porque a forte chama do amor assim a te me atrai.
Norma também no passado despertou o amor romântico em toda uma geração, no colunista e até mesmo em mim, mesmo que nunca a tenhamos visto pessoalmente, mas pelo seu trabalho neste filme em especial. Agora que se encontrava em situação difícil, nenhum desses amantes virtuais ou reais chegaram perto dela para devolver o amor que um dia ela despertou. Não estamos ainda preparados para o Reino de Deus como Jesus ensinou!