Reconheço Jesus Cristo, Jesus de Nazaré, como o meu comandante na batalha que se desenvolve entre o bem e o mal na face da Terra. Todos aqueles que reconhecem sua autoridade moral e o segue, são considerados cristãos. Isso tem um alto significado para nós, humanos, pois desde a sua vinda entre nós, do trabalho que realizou, influenciou tanto o nosso pensamento e forma de agir que até chegamos a organizar o calendário de acordo com sua vida, antes e depois de Cristo (aC, dC). Portanto, é importante saber o significado da palavra Cristo, para entender melhor a condição de cristão.
A palavra “Cristo” é uma adaptação para o Português da palavra grega Christos, que significa ungido. Cristo é sinônimo de Messias, pois a palavra Messias é uma adaptação para o Português da palavra hebraica Mashiach, que significa ungido.
Ungir significa derramar óleo sobre, ou passar óleo em alguém para exercer alguma função. O sacerdote é chamado Mashiach, pois ele foi ungido para exercer a função de sacerdote. O rei de Israel também é chamado de Mashiach para exercer a função de rei. Quando foi feita a tradução do Antigo Testamento para o grego, onde aparecia a palavra Mashiach era traduzida para Christos.
No Salmo 2 a palavra Mashiach é usada para designar aquele que será o Rei de Israel, e Rei dos Reis de todas as nações, eternamente, no Reino de Deus.
As palavras Mashiach, Messias, Cristo e Ungido, podem ser consideradas como sinônimos.
Existe outra interpretação dada pelo Gideões de que o verdadeiro significado do título Cristo vem da etimologia da palavra que quer dizer: esfregado, esmagado, derrotado, perdedor, fracassado. Na realidade foi uma forma dos gregos denegrir, menosprezar, zombar dos crentes do Mashiach Yahushuah no início.
Assim, Cristo nunca foi e nem pode ser um título propriamente dito ao Príncipe e Salvador Yahushuah, o Rei dos Yahudims (judeus). Em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos. Da mesma forma que algumas pessoas hoje caçoam, zombam dizendo: “lá vai os bíblias”.
Cristãos quer dizer escravo do derrotado, do fracassado que se dizia Messias. Esta palavra cristão foi inventada pelo inimigo do Salvador, foi a forma mais cruel de debochar do Principe e Salvador Yahushuah que Satanás usou chamá-lo de Cristo! Para ele foi um prato cheio para sujar o sacrifício salvítico do Príncipe e Salvador Yahushuah, chamá-lo de Cristo ou o fracassado; porque vitorioso seria somente um: Hashatan que o venceu com a morte.
Prefiro ficar com a conceituação do Cristo Cósmico de fundamentação gnóstica. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Essa é uma questão primordial para entendermos as divergências existentes nos primeiros séculos do cristianismo. Pois enquanto a Ortodoxia se preocupavam em fazer com que todos aceitassem (por bem ou por mal) que Jesus era o único salvador, e que só bastaria crer nisso para estar salvo. Os Gnósticos encaravam a figura do Cristo de uma forma mais profunda, e se preocupavam em encontrá-lo dentro de si mesmos.
Velai para que ninguém vos engane dizendo: Olhe ele (o cristo) ali . Ei-lo aqui. Ei-lo lá. Porque é em vosso interior que está o Filho do Homem; ide a Ele..!” (Evangelho apócrifo de Maria Madalena).
No Evangelho de Tomé e no Apocalipse de Pedro da Biblioteca Nag Hammadi (assim como em muitos outros evangelhos apócrifos) se faz claramente a distinção entre, ”o Cristo Vivo” e “Cristo Morto”. Nos mostrando qual seria a diferença entre aqueles que simplesmente “adoravam a uma homem, e os que realmente teriam compreendido sua mensagem”.
Hoje podemos entender que a historia de Jesus, que nos conta os evangelhos, é um mito universal, que nos fala dos grandes mistérios do Cristo Cósmico:
O Cristo Cósmico “nasce sempre no mundo e é crucificado para que todos os seres tenham vida e a tenham em abundância”. O Menino Sol nasce em 24 de Dezembro já para o amanhecer do dia 25 e se crucifica nos equinócios da primavera para dar vida a tudo que existe. A Lei do Logos é o sacrifício. Este é o Drama Cósmico, que se repete de momento a momento nos mostrando o sacrifício e o drama da própria vida.
Este mito era representado em forma de teatro nos templos do Egito, da Grécia, da Índia, do México, etc. Este Drama Cósmico é representado em todos os templos de todos os mundos do espaço infinito.
Antes de tudo, é necessário compreender a fundo o que é realmente o Cristo Cósmico. As pessoas estão acostumadas a pensar em Cristo como um personagem histórico que existiu há uns 2 mil anos. Tal conceito resulta equivocado porque o Cristo não é do tempo. O Cristo é atemporal. “desenvolve-se de instante em instante, de momento em momento. Ele em si mesmo é o Fogo Sagrado, o Fogo Cósmico Universal”, ele representa a própria Vida, a Consciência que existe em cada ser vivo, em cada planta, animal, célula, átomo e etc! Está escrito que Deus é um fogo devorador. O Fogo é o Cristo, o Cristo Cósmico!
Os Gnósticos acreditam que essa força, também existe dentro de nós! O nosso Cristo intimo. “Jesus diz: Aquele que beber de minha boca se tornará como eu, e eu próprio me tornarei ele, e as coisas ocultas se revelarão a ele” Evangelho de Tomé.
O que é necessário é encarnar essa força Cósmica, torná-la carne em nós. Obviamente, para isso precisamos nos auto-conhecer, se é que queremos um dia compreender essa força, precisamos nos auto-observar, ver a nós mesmos, no mais profundo de nosso Ser, o nosso Cristo intimo. Somente por este caminho é possível chegar um dia à desintegração de nossos defeitos psicológicos, o dito Ego, e despertar nossa consciência. Enquanto não o tivermos feito, este trabalho psicológico de Auto-conhecimento e Auto-domínio estaremos mortos para as coisas do espírito.
“Quando vos chegueis a conhecer a vós próprios, então sereis conhecidos e sabereis que vós sois os filhos do Pai vivente. Mas se vós não vos conhecerdes, então ficareis na pobreza e sereis a pobreza” Evangelho de Tomé.
Obviamente, todo o Drama Cósmico, tal como está escrito nos evangelhos, deverá ser vivido dentro de nós mesmos aqui e agora. Isso não é algo meramente histórico, é algo para se viver internamento.
Assim, o Cristo, Nosso Senhor, o Espírito do Fogo, desce. Ele quer entrar em cada um para transformá-lo, para salvá-lo, para aniquilar a “imperfeição” que carrega em seu interior, para fazer dele algo diferente, para converte-lo em Deus.
Temos que compreender a profunda mensagem simbólica e os grandes ensinamentos contidos no grande mito do Cristo Jesus.
“Inutilmente terá nascido o Cristo em Belém se não nascer em nosso coração também. Inutilmente terá sido crucificado, morto e ressuscitado na Terra Santa se não nascer, morrer e ressuscitar também em nos.” Samael Aun Weor