A Terra está em guerra declarada contra as forças da ignorância, do mal, desde que o Cristo chegou até nós e deu suas lições de Amor Incondicional. Parece paradoxal quando Ele disse que estava trazendo a espada, pois era um Mestre na arte do Amor. Mas Ele queria dizer justamente isso, da batalha espiritual que iríamos enfrentar e que nossa espada era esse Amor Incondicional, a essência do Pai. Mesmo que o homem tenha interpretado de forma errônea as Suas lições e tenham empunhado uma espada física para dominar o mundo material em Seu nome e tenha feito correr tanto sangue humano nas areias ou se consumido nas fogueiras; mesmo que o interesse subalterno pelo poder temporal tenha ofuscado o objetivo espiritual tanto ensinado pelo Mestre.
Mas as lições do Mestre, tais quais sementes jogadas nos corações dos homens, encontraram em alguns, terrenos férteis para se desenvolver e evoluir em direção ao que Ele propôs, a formação do Reino de Deus entre nós, aqui na vida material. Essas pessoas que deixaram a semeadura do Mestre prosperar em seus corações passaram a se constituir uma elite de espíritos que formam o quartel general dessa batalha espiritual que teve início há mais de 2000 anos sob o comando de Jesus e que se reflete na vida material até hoje.
Assim, ao longo do tempo podemos observar a participação de pessoas de comportamentos excepcionais quanto a contribuir para a nossa evolução ética e moral na construção desse Reino. São Francisco de Assis é uma dessas referências, ao lado de tantos outros em tantos outros contextos: Gandhi, Mandela, Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier, etc. O exemplo de cada um deles serve para lembrar as lições do Mestre e que cada um de nós tem a necessidade de evoluir no sentido espiritual com muito mais empenho do que empenho na evolução material. Que nesse esforço (luta) de tirar o coração humano da ignorância, ninguém deve ser excluído, pois todos são esperados pelo Pai.
Pudemos assistir atualmente um capítulo dessa luta em que a influência dos espíritos superiores se mostrou determinante na condução da estratégia cristã. A Igreja Católica que foi o primeiro movimento cristão a conduzir de forma organizada os ensinos e práticas de Jesus, não estava invulnerável às investidas da ignorância e o seu poder nocivo às criaturas. Com ampla penetração em todo o mundo, a Igreja vivia acossada por acusações as mais diversas em seu seio, desde a pedofilia até corrupção financeira. Durante o conclave para a eleição do novo Papa, os cardeais responsáveis por isso e que eram os candidatos naturais ao posto de Pedro, deveriam até por dever do ofício, serem as pessoas mais permeáveis às influências espirituais superiores. Superior no sentido ético e moral no qual o Evangelho é a matriz dessas diretrizes comportamentais.
Assim foi que recebendo sugestões do mundo espiritual, o cardeal Claudio Hummes, emérito de São Paulo, chegou a sussurrar no ouvido de Jorge Mário Bergoglio, logo que ele foi eleito Papa, “não se esqueça dos pobres”. Foi esse gesto que acima do tumulto da eleição ficou reverberando na mente do novo Papa, que fez chegar ao seu coração o nome de Francisco de Assis.
Essa atitude foi um excelente golpe tático na estratégia cristã de enfrentamento na batalha contra a ignorância, uma reforma a partir do papado! A Igreja ergue a cabeça com o novo Papa Francisco que está disposto a mostrar ao mundo que as lições do Mestre ainda estão sendo os princípios pelos quais devemos seguir. O Papa Francisco empunha a espada da revolução cristã, a verdadeira espada do Amor Incondicional que é levantada em favor dos pobres, marginalizados, esquecidos, jogados nas periferias; também não se esquece dos ignorantes espirituais que patrocinam esses desmandos contra a condição humana, pois também são nossos irmãos e merecem ser redirecionados no caminho do bem.
É uma luta onde a espada do Cristo aponta contra os efeitos da ignorância dos pecadores, tentando minimizar os efeitos de suas ações maléficas como crimes, violências, drogas, corrupções, etc. Mas ao mesmo tempo lança ao pecador a oportunidade do perdão, pelo reconhecimento dos seus erros e a honesta convicção de repará-los. Tudo isso se passa em todos os ângulos da vida, não é preciso que tenhamos qualquer cargo para estar dentro dessa luta. Todos nós participamos por mais humilde que seja nossas ações. Somos como as ovelhas que ouvem a voz do Pastor e com sua inteligência deve decidir seguir o caminho do bem, o caminho que Deus colocou em nossas consciências.