Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
30/01/2014 01h01
COM UM LÁPIS NA MÃO...

            Caminhamos pela vida amparados pela razão e a fé. Alguns desprezam a fé, outros a valorizam tanto que a coloca acima da razão em algumas situações. Foi o que aconteceu com Maria de Nazaré, quando ouviu o anúncio do Anjo sobre a sua gravidez divina e a aceitou prontamente como um ato de pura fé que extrapolava qualquer tipo de razão. José, seu pretenso marido, já não teve o mesmo poder de fé. Desconfiou logo, seguindo a razão, que ala havia se deitado com outro homem. Foi preciso o mesmo Anjo vir em sonho e dar uma injeção em sua fé, para que ele mudasse a decisão de abandonar Maria.

            O resultado de tudo isso é que ela aceitou pela fé ficar grávida de Deus e ser a mãe do Seu filho. Nutriu durante os meses regulares o nascimento deste filho especial, amparado por José em todas as circunstâncias. Durante todo esse período prevaleceu a compreensão, pela fé, que um filho estava sendo gerado em uma virgem e que tinha uma origem divina, com uma missão especial para toda a humanidade.

            Essa associação de razão e fé está presente em todos os recantos do mundo onde existe associação de humanos. Descobrimos que a vida se processa em dois planos, material e espiritual, e que no plano espiritual a fé tem uma importância crucial. As pessoas que passam vitoriosas por experiências como a que Maria viveu, passam a ter uma maior consideração, ser chamados de santos, ser venerados também. Livros são escritos, orações são recitadas, tudo para lembrar a glória de Deus, a firmeza dos santos, a fé dos crentes. Cada pessoa, de acordo com o seu potencial e tendências, procura a melhor forma de venerar a Deus e cultivar a fé em associação com outras pessoas. Vejo homens e mulheres que se dirigem a lugares de culto com os livros sagrados nas mãos, principalmente a Bíblia, com terços e outros adereços para demonstrar sua fé conforme se sentem melhor.

            Eu tenho uma forma peculiar de procurar servir a Deus e fortalecer minha fé. É a leitura de qualquer livro sagrado onde eu possa minerar os tesouros de Sua sabedoria, e principalmente o lápis na mão onde eu possa repassar o que aprendi com uma compreensão mais clara para aqueles que tem mais dificuldade de aceitar e entender essas mensagens. Assim aproveito para consolidar minha fé, e ajudar na construção do Reino de Deus, mostrando como se pode aplicar o Amor Incondicional, mesmo dentro deste mundo tão materializado.

            De forma parecida com o que aconteceu com Maria, eu também senti uma convocação para servir ao Senhor. Não foi nada tão explicito ou extraordinário como aconteceu com ela, comigo foi mais sutil e se desenvolveu ao longo da vida. Inicialmente o impulso para um comportamento de caráter mais mundano, mas sempre dentro dos princípios da ética e da fraternidade. Assim, como foi gerado uma criança sagrada no útero virgem de Nazaré, foi gerado um pensamento sagrado na minha mente insipiente. Ela teve desde o início a consciência de sua missão; eu só vim despertar muito tempo depois de já estar praticando o que o Pai queria de mim.

            Agora, minha principal ferramenta é o lápis na mão. Tenho diversos escritos que contam essa saga, que falam em artigos, crônicas e poesias esse caminhar. Espero determinação do Pai, as ordens de Jesus para tornar mais eficiente minhas ações e superar, com ajuda de todos os bons espíritos, que combatem nas hostes do bem, as minhas inúmeras necessidades.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 30/01/2014 às 01h01