Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
31/01/2014 01h01
EFEITO INTELIGENTE, DEUS EMINENTE

            Vamos perguntar: a formação do Cosmo, a criação de um planeta com suas criaturas e demais fenômenos da Natureza, é causa ou efeito? O senso comum considera que seja efeito, pois até hoje está no processo de formação, de expansão. Esse efeito é inteligente ou não? Se é inteligente, como o bom senso parece indicar, então por trás dele existe a causa. Para efeito inteligente a causa necessariamente deve ser inteligente, a razão volta a decidir. Então, se existe uma causa inteligente para tudo que nossos sentidos possam perceber ou nossa imaginação prever, só resta agora denominarmos, conceituar essa causa.

            Fica logo patente que nossa inteligência reduzida, que nem mesmo ainda consegue conhecer a maioria das coisas criadas que nos rodeiam, jamais conseguirá abarcar o amplo conceito do Criador de toda a criação. O máximo que consigo dar é um nome  a “Isso” e que varia de acordo com o nível da comunidade humana que O estuda: Tupã, Buda, Cristo, Alá, Jeová, Deus, etc. Podemos variar na escolha do nome, mas o princípio pelo qual “Isso” funciona chega mais perto de um consenso. “Isso” deve funcionar de forma a criar uma energia específica, tudo que possamos imaginar e dentro de uma característica marcante de evolução e harmonia, que implica na justiça imanente a uma sabedoria/inteligência suprema. Essa energia com tais características também convergem para a mesma conceituação: o Amor. Então “Isso” associado a Sua energia pode ser considerada o Amor. Para nós do Ocidente podemos dizer: Deus é Amor.

            Esse é um grande trunfo da inteligência humana, identificar o Criador pelo nome e saber da essência de Sua energia. Esta é a grande comunidade humana que identificou e venera seus deuses, as vezes fazem guerra por causa deles sem observar os seus princípios, que é justamente a justiça, a harmonia, a fraternidade, a ausência de guerras.

            Mas existe um numero menor de pessoas que defendem um pensamento oposto a esse, a inexistência de Deus. Quando tenho acesso aos argumentos dessas pessoas, vejo que o foco são sempre as críticas sobre a nossa capacidade de identificar Deus cujas tentativas são feitas desde a nossa infância enquanto comunidade, civilização. Mas se partirmos do atual ponto de compreensão que possuímos para a existência de Deus, de ser a causa inteligente dos efeitos inteligentes que percebemos, é necessário que entendamos que essas pessoas não acreditam que tudo que existe é um efeito inteligente. Essa conclusão é importante, pois se essas pessoas acreditam que a Natureza é um efeito inteligente têm que necessariamente chegar à conclusão da existência de Deus, qualquer que seja o nome alternativo que seja dado a Ele. Se chegam a conclusão da inexistência de Deus é porque não aceitam a criação como um efeito inteligente. Que seria então? O Caos, respondem eles. Tudo que existe no Universo (não explicam como se criou) funciona sob a leis do acaso e sob a ação das tentativas e erros associados a eternidade do tempo e assim criam as estruturas materiais e seres vivos mais complexos que conhecemos. Este é o nome do Criador para essas pessoas: o Caos, a ação aleatória de uma substância com outra substância que esse Caos “achou” à sua disposição.

            Então, essas são as duas teorias que se opõem hoje no campo da imaginação humana. Uma criação promovida por Deus ou uma criação promovida pelo acaso. Qual das duas terá mais sustentação no campo mental, apoiado pela razão e coerência? Essa é a decisão que cada um de nós, apoiado em nossa inteligência devemos fazer.

            Qual é a sua, caro leitor?

            Sei que minhas argumentações podem ser falhas, pois o meu racional já decidiu pela existência de Deus, o Criador. Quem pensa o contrário pode ter argumentos que não apresentei aqui e por isso, a bem dos critérios da justiça, da pesquisa científica, é importante que esses outros argumentos reforçadores também sejam colocados. Fica assim em aberto essa discussão, cada pessoa com suas convicções já firmadas, mas com o racional aberto a novas reflexões sobre novas argumentações e assim capaz de redirecionar o pensamento para uma posição mais coerente se assim for necessário.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 31/01/2014 às 01h01