Enquanto não consolidamos o nome definitivo deste grupo que formamos a partir do Hospital João Machado, para contribuir na forma de nossas possibilidades no combate a violência, que está associada a presença do mal, irei me referir a ele como o Batalhão do Bem. Assim realizamos a quarta reunião na Escola Estadual Alda Marinho, ontem, às 16h com término às 17:30h.
Contamos com a participação de 21 pessoas, entre elas três professoras. Apresentei a proposta do grupo, de combater a violência a partir do trabalho voluntário. Todos concordaram na avaliação crítica que fizemos quanto a escalada de violência em nossa sociedade.
Lembro que a Natal foi colocada como a 12ª cidade mais violenta do mundo e a 4ª mais violenta do Brasil, pesquisa realizada pela ONG Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, do México, divulgada no mês de janeiro deste ano. O estudo utiliza taxas de homicídio do ano de 2013 para classificar as cidades com mais de 300.000 habitantes. Natal teve uma média de 57,62 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes.
Outro estudo, desta vez produzido no RN, pelo pesquisador e especialista em Políticas Públicas e Gestão em Segurança, Ivênio Hermes, mostra um crescimento de 80.83% do número de pessoas assassinadas entre 2011 e 2013. Em números exatos o RN saiu de 908 homicídios em 2011 para mais de 1600 mortes em 2013.
Além dos homicídios, a violência em Natal é representada por outras formas, como assaltos, roubos, arrombamentos, explosões de caixas de banco... Praticamente todos já foram vítimas ou conhecem alguém que foi vítima de alguma espécie de violência.
Não sabemos com certeza qual o trabalho que iremos realizar. Sabemos apenas que sentimos a convocação em nosso coração de nos doar para fazer alguma coisa. Sabemos que essa convocação partiu de Deus, pois todos somos espiritualizados e obedientes à vontade dEle. Também sabemos que o nosso governador planetário, Jesus Cristo, estava presente, pois Ele já havia advertido que quando duas ou mais pessoas se reunissem em nome Seu nome, Ele estaria presente. Não podíamos vê-Lo com nossos olhos físicos, mas Ele fazia presente em nossos corações e fazia ecoar nossa voz quando enviava uma mensagem intuitiva a qualquer um de nós para o trabalho ter seguimento.
Dessa forma foi colocada a proposta de fazermos uma reunião depois do Carnaval com os pais para termos eles próximos de nós, para ampliarmos o nosso campo de Amizades, já que este é um dos tripés de nossas ações, ao lado da Doação e da Humildade. Também marcamos uma reunião para a próxima quinta feira no HUOL para a confecção de um Projeto de Extensão que abrigue todas as ações que foram propostas na reunião, como a formação de grupos de música, de escoteiros, de bombeiros mirins, de dança, etc.
Assim, lentamente e com consistência o trabalho vai tomando forma e os voluntários se encaixando cada um na atividade que lhe é mais propícia. Sei que isso vai ocasionar em cada um de nós uma tarefa extra que pode interferir com outras que já estão sendo realizadas, mas temos que ver onde existe a prioridade.