Fui instado a fazer uma reflexão a respeito de minhas crenças, do trabalho que quero realizar no campo espiritual; será que estou tentando fazer mesmo a vontade de Deus? Será que não estou tentando criar uma nova religião?
Os projetos de extensão universitária que estou elaborando e desenvolvendo no momento estão todos envolvidos no campo espiritual. A minha formação acadêmica no campo da psicofarmacologia ficou em segundo plano. Todo foco de minha atenção está voltado para os princípios espirituais, da exigência evolutiva para o espírito e fazer a discriminação do que pertence à matéria, a carne, e o que pertence ao espírito, a alma.
Desenvolvi com profundidade a compreensão da filiação divina e o que Ele espera de mim enquanto Seu filho. Tendo encontrado essa resposta que passou a ser minha missão, procuro agora a desenvolver com toda intensidade e eficiência. Isso implica que tenho que me relacionar de forma ampla com o meu próximo, principalmente as mulheres que as circunstâncias trazidas pelo Pai me oferecem e trazem em si as condições afetivas suficientes para o aprofundamento na interação dos corpos, na forma de interação sexual.
Termino por compreender que existem duas fortes vertentes para direcionar as minhas ações práticas na aplicação do Amor Incondicional – que é a essência do meu plano de vida, dentro de todo relacionamento que eu tenha oportunidade de realizar.
A primeira e mais íntima, é a formação de um núcleo familiar mais apropriado a construção do Reino de Deus. Uma família que não coloque limites para o Amor; que pratique a inclusividade e não a exclusividade; que desenvolva a fraternidade e não o ciúme... uma família aberta a entrada de novos parceiros afetivos, tanto para homens quanto para mulheres, uma família ampliada que busca formar a família universal. Para que isso aconteça é necessário que se pratique a lição oferecida pela Bíblia, da mulher se integrar com o homem e serem carne da mesma carne. É preciso que haja aqui a hierarquia dos projetos de vida, cabendo ao homem que é naturalmente o “cabeça” do casal a prioridade no projeto coletivo e que a mulher se harmonize com ele para se tornarem viáveis enquanto companheiros de profundidade sexual, capazes de gerar filhos.
A segunda vertente de ação é mais externa, diz respeito ao amor ao próximo, qualquer que seja ele, amá-lo como se tivéssemos amando a nós mesmos, sentir as suas necessidades e tentar aliviá-las de forma fraterna, desinteressada, sem colocar barreiras preconceituosas de qualquer natureza e que impeçam a expressão e aplicação do Amor Incondicional.
Cada uma dessas vertentes exige que seja feita um aprofundamento teórico que capacite o leitor a compreender melhor o projeto final que se deseja alcançar com a realização desse modo de vida. Procurarei desenvolvê-las nos próximos dias.