Jesus ensinou que para poder ver o Reino de Deus temos que nascer de novo. Não com o nascimento na carne, como aconteceu com o meu corpo há 61 anos, pois ele, meu corpo, nasceu da carne (de meu pai e minha mãe).
Jesus se referia ao nascimento do espírito, que desde a formação do corpo biológico ele fica acoplado ao corpo de carne, como se tivesse preso, sem expressão, dentro de um escafandro.
O nascimento do espírito significa a sua libertação do corpo material, de seus interesses egoístas. Percebe agora o mundo espiritual e suas novas obrigações.
O espírito sopra aonde quer, ouvindo a voz da sua consciência, onde está escrita a lei de Deus.
Sou dessa forma um recém nascido do espírito, acabo de receber a paternidade do Pai e estou pronto para fazer a Sua vontade, ajudando a construir o Seu Reino.
Sei de inúmeras dificuldades que possuo e que também os meus companheiros, inclusive os mais íntimos. que deveriam ser considerados carne da minha carne, possuem.
Na condição de recém nascido no espírito, que procura ver e aplicar o Reino de Deus, ainda cometo erros diariamente que identifico e procuro corrigir, alguns deles tão fortes e enraizados que sei irão se repetir diversas vezes antes que possam ser controlados pela vontade.
Porem sei que o Pai entende essas minhas fraquezas e compreende que mesmo apesar delas eu continuo evoluindo na escala do progresso. As vezes são falhas aparentemente graves, como por exemplo, hoje, agora, que perdi a hora de conversar com o Pai à meia noite, como estou pretendendo fazer um hábito, através da oração e meditação. Fiquei na casa de meu irmão jogando baralho com as pessoas significativas da minha família ampliada. Poderia estar com a consciência culpada pelo ocorrido, mas não é assim que percebo. A consciência encontra-se satisfeita, pois sente que tudo ocorreu dentro de um clima de harmonização e que foi iniciado pelo Evangelho no Lar.
Mesmo que exista dentro dos corações de cada pessoa algum tipo de sentimento negativo, esses foram devidamente controlados e o que prevaleceu foram as ações harmônicas com todos, entre todos.
Até essa digitação que sempre é agendada para ser postada no primeiro minuto do dia, sofreu essa demora de cerca de cinco horas. A leitura diária dos livros também não foi feita e deverá ser feita cumulativamente hoje. Tudo isso é motivo para levar culpa à consciência, mas em nome da harmonização e da justiça, a consciência considera que fez o certo. Como é dentro da consciência que se encontra a lei de Deus, eu considero então que Deus está satisfeito com o ocorrido.
Outro aspecto que devo considerar nessa condição de Recém nascido dentro do Reino de Deus, onde o Amor Incondicional é a lei que todos devem cumprir, é que eu sinto que me arrasto sozinho nessa caminhada, pois o egoísmo sempre está surgindo nas suas diversas formas nas pessoas do meu relacionamento, por mais que saibam das lições de Jesus... Parece que ainda não renasceram pelo espírito, continuam presos dentro do homem velho. Então o meu esforço termina sendo bem maior, pois não tenho ninguém a me amparar a não ser o Pai. Pelo contrário, as minhas ações dentro do Amor Incondicional e da justiça a ele inerente, são fontes de insatisfação e de despertamento das forças egóicas.
Por tudo isso é que a cada dia surgem problemas e circunstâncias que testam a força das minhas convicções nesse aspecto. Sei que o “testa de ferro” do egoísmo nesse campo de lutas é o amor romântico que estrutura o orgulho em torno do ego. Como eu venci essa força romântica ao longo da minha vida, tive condições de além de entender o Reino de Deus que Jesus ensinou, o colocar em prática na condição de recém nascido. Devo ter paciência para esperar que todos os meus parceiros consigam também essa vitória para que possam se arrastar comigo pelas estradas luminosas desse novo Reino.