O livreto “Encontro diário Com Deus” trouxe ontem a informação sobre os sete pecados capitais encontrados na Bíblia (Pr 6: 16-19) e que achei interessante fazer uma reflexão sobre eles no estágio atual de minha vida. Diz assim o texto:
Sete pecados capitais.
Seis coisas detesta o Senhor, e uma sétima aborrece a Sua alma: olhos arrogantes, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina iniqüidades, pés correndo apressados para o mal, testemunha falsa que diz mentiras, e o que semeia discórdia entre irmãos.
Assim a primeira vista parece que eu superei todos os sete.
Os “olhos arrogantes” que implica num comportamento de arrogância, parece que estou no polo oposto, no polo da humildade. Mesmo que no trabalho eu seja testado constantemente no trato com pacientes, com a firmeza de colocar alguns limites sob pena de desqualificar a excelência do que estou praticando. A arrogância pode surgir nesses momentos em que a autoridade deve surgir, mas estou sempre atento para isso não acontecer.
A “língua mentirosa” também não tem aplicação em mim, pelo contrário, chego a ser acusado de falar a verdade de forma até inconveniente, para pessoas que ainda não tem condições de conhecê-la. Reconheço que isso é verdade, então tenho que saber como fazer esse controle de evitar falar a verdade, mas sem falar mentiras. É um aprendizado que ainda estou fazendo, mas estou pecando mais pelo excesso, excesso de verdade.
As “mãos que derramam sangue” não tem aplicação para mim, isso nunca aconteceu e acredito que nunca acontecerá. O momento mais próximo disso ter acontecido foi quando servi ao serviço militar, mas era época de paz, portanto não fui obrigado a esse pecado.
O “coração que maquina iniqüidades” atualmente não me atinge. Mas no passado isso aconteceu, mas nunca realizei. A minha namorada trabalhava no Hospital Naval e era assediada por alguns médicos. Passei algum tempo imaginando a forma de machucar essas pessoas. Felizmente não tive os meios necessários para isso... nem fui atrás.
Os “pés correndo para o mal” já é um tanto amplo. Em muitas coisas da vida pode ser caracterizado como um mal, por exemplo, se embriagar., jogar, fazer sexo... existem muitas ações que podem até por motivos preconceituosos ser classificados como maldades. Mas minha consciência também está tranqüila nesse aspecto, sei que não vou atrás de nada que pertença ao mal, pelo menos a nível consciente eu garanto.
A “testemunha falsa” está dentro do falar mentiras, então não se aplica a mim, apesar de nunca ter ficado na condição de testemunha, mas se acontecer acredito que não seja diferente. Continuarei a falar a verdade.
E finalmente, “o que semeia discórdia entre seus irmãos” também não tem aplicação. Como eu procuro seguir a oração de São Francisco onde ele se mostra como mensageiro da paz, então minhas ações sempre procura a harmonização. Isso me deixa muitas vezes como alvo de críticas, pois quando tenho que tomar decisões levo um tempo maior resolver, avaliando com cuidado o que pode prejudicar a A ou B naquele contexto.
Dessa forma eu me considero aprovado nessas questões mais graves com relação a lei de Deus. Sei que tenho muito a corrigir o meu comportamento que está cheio de imperfeições, mas nada tão grave para os outros, como são esses sete pecados capitais.