Uma das grandes lições vindas do passado foi aquela dita por Sócrates: CONHECE-TE A TI MESMO. Este é um conhecimento valioso, pois de que vale conhecer toda a ciência do mundo se não sei quem eu sou?
Então hoje eu vou fazer aqui esta reflexão, mesmo sabendo que o meu conhecimento ainda não é profundo o suficiente para que alcance toda a verdade sobre mim. Porém sei alguns detalhes importantes e como pretendo sempre colocar minhas ações e pensamentos neste espaço como forma de possibilitar a quem ler condições de crítica, de apontar erros que eu possa consertar, de melhor decidir se quer ou não se relacionar comigo e em que nível.
Sou um Espírito criado por Deus em algum momento desta eternidade na qual estou incluso, e que estou dentro da lei de Progresso como qualquer outro ente da Natureza.
Estou no momento administrando um corpo físico, biológico, formado por trilhões de células que dependem de mim. Este momento constitui uma etapa importante da minha vida, pois corresponde a um período escolar onde tenho que refazer algumas lições erradas que cometi no passado e/ou de realizar alguma tarefa didática à mando do professor, que é o próprio Deus.
Talvez eu não saiba quais são os erros do passado que tenha que corrigir ou compensar, mas sei que existe uma grande forma de compensação que é a aplicação do Amor em todas as minhas relações e dessa forma anularei uma multidão de pecados que estejam debitados à minha conta. Portanto, tenho que usar todos os recursos cognitivos que possuo para melhor servir com Amor à comunidade em que fui inserido.
Recebi e aceitei a tarefa que o Pai colocou na minha consciência de construir um protótipo familiar que melhor se aproxime do Reino que Ele deseja ser formado na Terra. Essa tarefa entra aos poucos na minha consciência e ao longo dos 61 anos que já vivi os seus paradigmas estão bem amadurecidos e sintonizados com Sua essência, o Amor Incondicional.
A família ampliada que formei dentro desses critérios que o Pai colocou na minha consciência, perdeu os limites de exclusão comum a todas outras famílias nucleares que são construídas dentro da cultura humana estabelecida no momento.
Dentro desses critérios de família ampliada com base na fraternidade, o critério de inclusão de uma pessoa qualquer é que exista a simpatia e afetividade recíproca e que não exista transgressão na lei maior do Amor Incondicional. A pessoa será efetivada na família quando houver o aprofundamento total com o exercício do ato sexual. Neste momento os corpos se fundem e se tornam carne da mesma carne. Se houver a possibilidade, podem se tornar companheiros seguindo na mesma estrada. Caso contrário, que não haja as condições, quer sejam sociais ou psicológicas, essa pessoa não deixará jamais de fazer parte desta família ampliada em qualquer espaço físico que fique localizada. De acordo com a preferência sexual de cada elemento desta família, cada um poderá ao longo do tempo ir agregando outras pessoas a esta família: homem atraindo mulher, mulher atraindo homem. Ninguém desta família será abandonado. Ninguém que queira entrar pela porta da afetividade e de acordo com a lei do Amor, será repudiado. Os filhos de cada um serão os filhos de qualquer um. Os pais biológicos têm a obrigação instintiva dada pela lei da Natureza de cuidar dos seus filhos com o maior empenho, mas caso qualquer um tenha necessidade, a pessoa mais próxima assume com naturalidade a paternidade daquela criança. A amizade, a fraternidade, a confiança recíproca de todos para com todos é o clima natural desta família ampliada. Isso se estende para alem dos limites desta família ampliada, para a coletividade como um todo, apontado para a família universal, para a formatação do Reino de Deus.
Tenho muito cuidado com a força do amor romântico, que estruturado nos instintos sexuais tendem ao exclusivismo, sentimento de posse, ciúme, raiva, ressentimento... Fatores esses que podem ir até o cúmulo das tendências auto e heterodestrutivas. Qualquer pessoa que queira fazer parte dessa família ampliada, mesmo que seja motivada pelo amor romântico, deve aprender como pré-requisito para sua admissão, deixar esse amor romântico subordinado ao Amor Incondicional. Qualquer pensamento e sentimento negativos, como o ciúme, raiva e tendência ao exclusivismo, são sinais da preponderância do amor romântico sobre o Amor Incondicional. Esta pessoa ainda não tem condições de permanecer dentro do circulo operacional da família ampliada, mesmo que já tenha entrado, pois o seu comportamento dentro dela sempre será fonte de sofrimento para si e para os outros. Porém, se foi admitida pela interação sexual com algum dos seus membros, jamais deixará de fazer parte desta família ampliada, mesmo que se retire do seu campo de atividades e passe a viver no velho mundo das famílias nucleares com suas características egoísticas próprias do amor romântico.
Finalmente, eu me considero um instrumento da vontade de Deus pronto para realizar às Suas sugestões e acatar quem Ele coloca no meu caminho, com todos os cuidados que o caso possa requerer e sempre na sintonia do Amor Incondicional.
Espero que essas revelações sirvam para o leitor que me conhece observar se é isso que realmente pratico, se existe alguma ponta de hipocrisia em tudo que escrevi ou se existe alguma incoerência deste pensamento com a aplicação do Amor Incondicional que é a principal meta de minhas ações em todas as dimensões dos meus relacionamentos.