Sei que cada pessoa que deseja fazer o bem, ficar aliado da verdade e da luz, sempre vai sofrer represália dos interesses contrariados que a luz sempre revela. Eu sempre soube que isso iria ocorrer comigo, como de fato sempre está ocorrendo, quando procuro colocar o projeto de Deus na prática. Cheguei ao ponto de iniciar o projeto da família ampliada como demonstração da família universal que podemos alcançar, como o Reino de Deus que Jesus anunciou e que faz parte da vontade do Pai. Nesse projeto estão agregadas três pessoas que lhe dão forma, cada uma com suas características com relação a mim: fraterna, pessoal, espiritual. O Amor Incondicional é a principal orientação que deve seguir nossos corações na direção de Deus, apesar do amor romântico não ter sido ainda devidamente eliminado do coração delas, como já foi do meu. Isso causa fragilidade na nossa coesão interna. O Evangelho deve ser lido intensamente e procurado ser aplicado com honestidade, no fundo do coração, pra deslocar o egoísmo que se aloja nas suas reentrâncias. O Pai também nos convocou para levar a luz dentro das comunidades carentes que geram a violência e deixa a humanidade presa do medo e do ódio. Todos nós quatro nos envolvemos com corpo e alma nessa nova dimensão da vontade de Deus para conosco. Certamente as sombras não estão gostando desses nossos movimentos, pois percebem que nossas ações não são hipócritas, queremos realmente fazer o que Deus coloca em nossa consciência. Dessa forma estou percebendo toda a movimentação das sombras e agem nos corações mais fragilizados para destruir o projeto de Deus, através de nossa destruição. Temos que provar nossa identidade de discípulos do Cristo, mostrando que sabemos amar ao próximo, quem quer que seja, mesmo que seja nosso adversário. Sei onde está o foco do ódio, da raiva, do ressentimento que provoca a ofensiva contra nós, principalmente quem tem a mente mais fragilizada pelos efeitos do amor romântico. Não sou intimidado, e compareço a qualquer local onde as sombras fazem sua trincheira, sempre armado com as armas do bem: o Amor como espada, o perdão como escudo. Minhas palavras saem quando devem sair sempre com a tonalidade do Amor Incondicional. Sei que não estou ainda cem por cento preparado para essa batalha que se encontra em todo o Universo, das sombras contra a luz, mas o que eu tenho e posso oferecer já deixei tudo nas mãos de Deus. Sou agora um instrumento da Sua vontade! Agora o enfrentamento está em pleno vigor. Talvez por isso o Pai tenha me promovido ontem com uma mudança de nível. Não estou agora obrigado a fazer leituras diárias de forma persistente dos livros sagrados como antes fazia. Posso deixar de fazer essa leitura um, dois ou mais dias, e me envolver com outras atividades que eu considere mais importantes. Pode parecer uma coisa simples, uma mudança de nível que implique em coisa tão banal. Mas por trás disso tem um significado mais abrangente. É como se eu tivesse saído de uma sala de estudos onde a minha obrigação era dar uma lição pré-determinada todos os dias, para outra sala onde o estudo é o mesmo, mas muito mais diversificado e que eu posso de repente valorizar mais uma lição de que outra, mesmo estando em origem muito diversa, contanto que eu sinta que assim é mais produtivo para a execução de minha tarefa. É como se eu deixasse de ser monitorado para aprender as primeiras letras de um trabalho que devo realizar com a maturidade e agora eu mesmo sou quem preparo minhas lições. Talvez tenha isso também o sentido de que eu me mostrei capacitado a receber intuições e de reconhecer nelas a melhor proposta para a realização da vontade do Pai. Assim, estou no campo de batalha com essa responsabilidade extra nos ombros, de ter mais livre arbítrio para decidir sobre o certo e errado, mesmo porque o Pai já sondou meu coração e sabe que eu jamais irei realizar desejos da minha carne em detrimento de Sua vontade. Dentro dessa mudança de foco nas leituras que estou agora permitido fazer, tem uma lição importante que serve para todos nós: “Precisamos aprender a pedir as coisas a Deus e nunca pretender interferir na Sua sábia vontade!”