Qualquer pessoa ou grupo que tenha a intenção de atingir determinado objetivo necessita ter bem claro as normas de conduta que devem ser obedecidas por cada membro. Assim, o projeto Foco de Luz que Deus colocou em nossas consciências para um voluntariado onde o que prevaleça seja a Sua vontade, precisa ter as normas de conduta bem conhecidas. Essas normas podem ser oriundas de diversas fontes, desde que o racional aceite como coerente com os desígnios de Deus. Dessa forma vou listar abaixo algumas orientações comportamentais que a meu ver atendem a esse propósito.
Todos que desejarem ser voluntários dentro do Projeto, devem negar seus instintos inferiores, corrigir os impulsos inadequados, pois todos estão em uma tarefa de Deus. Quem abandonar a responsabilidade no caminho responderá pelas conseqüências de um dever não cumprido.
Quando alguém for ferido, não deve revidar da mesma forma; quando for injuriado, não fazer a mesma fala desarmônica; quando apedrejado, não apedrejar; quando julgado, não fazer o mesmo tipo de julgamento... Assim nenhum dos voluntários de Deus se tornará igual aos agressores.
A vida deste voluntário de Deus deve ser um puro exemplo de amor a todas as criaturas, principalmente dos seres humanos que compõem a comunidade onde pretende fazer a sua doação, prestar o seu serviço. Esse esforço que cada um deve fazer para agir assim, tem o significado de atravessar a porta estreita, dos limites que Deus quer que nós obedeçamos. A porta larga tem o significado dos prazeres do mundo, das reações egoístas do individualismo e que se distancia da luz. Não estamos envolvidos neste trabalho para copiar as atitudes egoístas dos homens, mas sim para seguir as lições do Mestre Jesus sobre os caminhos certos que nos levam para a proximidade do Pai.
Se estamos confusos sobre o caminho, a verdade e a vida, basta nos aprofundarmos nas lições evangélicas, pois assim não nos perderemos nas diretrizes de Deus.
Devemos arregimentar a força que existe dentro de nós, que muitas vezes nem sabemos que existe, e que é filha da fé, e potenciá-la entre nossos irmãos que queremos ajudar. A fé levanta caídos, dá vista aos cegos, e faz acender a luz no coração de quem não tem esperanças.
A fé pode nascer de muitas atitudes humanas, mas a que deve nortear nosso trabalho é a fé divina, que deve acordar todos os sentimentos espirituais e fazer florir o Amor em todas suas nuances.
Devemos confiar no Pai que nos convocou e permitiu que nos uníssemos. Ele nunca nos abandonará e estará conosco em qualquer momento, em qualquer circunstância da vida.
Jesus disse que o Reino dos Céus estava próximo e que podemos alcançá-lo pelo esforço no bem. Esse Reino surgirá primeiro dentro dos nossos corações. Somente vamos encontrar por fora aquilo que construirmos por dentro. A luz para nos guiar deve partir de dentro dos nossos corações.
Se queremos servir a Deus com eficiência, não podemos esquecer do perdão a todas as ofensas. Aquele que guarda a mágoa das ofensas carrega no peito o lixo da incompreensão e o sumo fétido da distorção da lei do Amor.
Que nenhum dos voluntários seja dominado pela preguiça, porque o Pai trabalha constantemente e Jesus está sempre perto de nós a cada momento, desde que duas ou mais pessoas se reúnam em Seu nome. Não viemos aqui para cruzar os braços, quando existe tanto trabalho, tamanhos deveres que nos chamam a servir!
O trabalho é o primeiro movimento da Luz, que abre os nossos olhos para a grandeza de Deus. Tudo que se manifesta na natureza divina e humana se alicerça no trabalho, primeiro degrau da escada da Terra para o Céu.
Também devemos guardar no coração o respeito pelas autoridades constituídas. Elas não se encontram nesses postos por acaso. Ao invés de ajuizarmos mal delas no que deve ser feito, vamos ajudar, para que compreendam melhor os seus deveres na arte de administrar. Mas não devemos aplaudir os deslizes públicos. Vamos ensinar o certo sem apontar o errado, porque quem erra deve constatar por si próprio o que está fazendo.
Podemos falar a verdade a qualquer um, sem ofender nem agredir, pois quem agride bebe na mesma vasilha o líquido deteriorado da desarmonia. O voluntário de Deus deve ensinar mais pelo exemplo. A palavra é apenas um complemento daquilo que deseja comunicar, garantindo assim a força do bem, na luz da eternidade.