Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
18/04/2014 23h14
INSTRUMENTO CEGO DE DEUS

            Decidi, e rogo em minhas orações para ser um dos instrumentos de Deus. Parece ser coisa simples, afinal Deus quer que pratiquemos o Amor com prioridade em todos nossos relacionamentos, assim como Jesus ensinou. Mas vejo ao longo do dia, das chances que surgem em minha vida, quanto sou incompetente nessa promessa, como sou um instrumento cego de Deus.

            Fui ao aniversário de minha amiga com o objetivo maior da minha companheira cantar a oração de São Francisco dentro do evento. Falei dessa possibilidade com minha amiga que acatou a idéia. Sentei com minha companheira e observei o ambiente, desenvolvi algumas idéias mentalmente de como iria apresentar o trabalho, de como iria falar, uma forma de apresentação como aconteceu no meu aniversário. Depois de eu explicar a minha forma de ver a espiritualidade de  minha amiga convidaria todos para ouvir o canto da oração de São Francisco. Isso deveria ser feito na ocasião do parabéns, antes do corte do bolo.

            Fui antes para o salão para a socialização no momento da dança. Tive um bom desempenho, cumprimentei os amigos e dancei com desenvoltura no salão, inclusive integrando as rodas que se formavam e as diversas coreografias.

Voltei depois para a mesa para pegar a Buffet que já estava sendo servido, depois de ter ingerido diversos salgadinhos e bebido vinho, espumante, água de coco e suco de abacaxi com hortelã.

Tive um bom desempenho até esse momento. Procurava lembrar a todo momento que eu era um instrumento da vontade de Deus e que eu devia aproveitar esse momento para mostrar aos presentes a importância da espiritualidade na qualidade de vida da aniversariante e de todos que se aproximam dela e sentem a sua influência.

Fomos chamados para o salão principal para cantarmos os parabéns. A aglutinação de pessoas já havia se formado ao redor da aniversariante. Minha companheira procurou ficar e me levar para uma posição mais estratégica para usar o microfone e fazer o que estava planejado. Ela lembrava sempre para mim para aproveitar o momento e saudar minha amiga. Procurei ficar mais perto da aniversariante, mas não encontrei a oportunidade de fazer a saudação a ela e de oferecer a canção da oração de São Francisco.

Ao nos retirarmos do evento fizemos a avaliação do que acontecera. Minha companheira fez a critica da oportunidade que eu perdi de ter oferecido a minha amiga algo do que eu recebi durante o meu aniversário, quando um amigo também me saudou sem eu esperar e fez um descritivo da minha história para os presentes. Foi um momento enriquecedor naquele momento.

Ao fazer essa reflexão vi que neste aniversário da minha amiga eu me comportei como um instrumento cego da vontade de Deus. Não ofereci a minha amiga algo que eu estava capacitado a fazer e que eu gostaria de ter recebido. Não fiz ao próximo o que eu gostaria que tivesse sido feito para mim. Não cumpri com fidelidade a principal lei do Amor, assim como Jesus ensinou.

Percebi a minha fraqueza cognitiva, de não ter coragem suficiente para aproveitar as circunstâncias formadas para realçar o lado positivo das pessoas e mostrar a importância de todos, ao seguir os bons conselhos na prática cotidiana.

Fiquei a imaginar que eu poderia ter ido antes ao moço que estava cantando e animando a festa das minhas intenções, de no momento dos parabéns eu estar ao seu lado e ter dado o sinal para a minha palavra. Com certeza eu teria a ajuda necessária do Pai para contornar minhas dificuldades pessoais quanto a timidez que ainda é forte dentro de mim e que encontraria as palavras convenientes e apropriadas ao momento e que essa seria a minha maior contribuição, tanto para abrilhantar a festa da minha amiga, quanto no cumprimento da vontade do Pai.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 18/04/2014 às 23h14