Todos nós estamos matriculados na escola terrena com o objetivo de aprendermos muitas lições que são necessárias à nossa evolução espiritual, principalmente a Lei do Amor. Mesmo que a pessoa esteja estudando na mesma sala, com o mesmo professor, mesmo assim a sua compreensão do aprendizado nunca é semelhante aquela dos seus colegas, que pode distorcer em diversos pontos e ninguém pode garantir quem esteja mais perto da verdade, pois sendo a verdade única não é possível que alguém desenvolva dois pontos diferentes de um mesmo aspecto sendo ambos verdadeiros. É importante que exista a compreensão dessas divergências e se por acaso os preconceitos alicerçados em cada um impeça a correção das incoerências, que seja reconhecida essa situação e que se tenha a compreensão do esforço que deve ser feito para a correção do pensamento, sentimentos e comportamento.
Ao pensar dessa forma achei conveniente colocar hoje neste espaço a compreensão que adquiri no meu aprendizado com o objetivo de corrigir e também ser corrigido em direção à verdade. Não vou citar autores, pois fica subentendido que toda a construção do meu pensamento está alicerçado sobre o pensamento de alguém que de alguma forma deu maior coerência ao que antes eu pensava, que ampliou os meus horizontes cognitivos.
No início de tudo, do Universo sem fim ou começo, a minha compreensão não consegue alcançar com detalhes os argumentos para explicar esse paradoxo inicial, de algo que existe e que não teve um começo, que não tem um fim. Vem apenas na minha mente um pensamento amorfo de que existia no começo uma Energia carregada de sabedoria que resolveu organizar o vazio com a existência, que injetou nessa Sua criação a condição de crescimento e organização com base na harmonia com tudo e com todos. Chamo a atenção que já começo a usar em letra maiúscula as palavras Energia e Sua, dando a sugestão que quero me referir ao Deus, fonte de tudo.
Assim o Universo foi criado e todos os mundos e seres que o compõem. Chamo mais uma vez a atenção que esse conceito de Universo não pode ser adstrito apenas ao que conhecemos e que investigamos com nossos aparelhas tecnológicos, mas que inclui todos os outros universos paralelos que possam existir e que nossos sentidos, aparelhos e inteligência não conseguem alcançá-los.
Assim foi formado o homem, a humanidade, aqui na Terra e alhures. O homem que se caracteriza não por seus aspectos biológicos, mas pela capacidade de pensar de forma cósmica, de compreender a sua filiação divina e o seu papel no Universo. Então, esses três aspectos (pensar cósmico – filiação divina – papel no Universo) é o que define a humanidade para mim. Faço questão de ressaltar este ponto, pois não lembro de nenhum autor que tenha definido a humanidade dessa forma e não quero que o leitor pense que tamanho absurdo (se assim for) é proveniente da mente de terceiros.
Isso implica que, vamos imaginar, um golfinho ou um chimpanzé que possuem a capacidade cerebral e cognitiva mais próxima de nós, chegassem a preencher esses três aspectos que definem a humanidade, poderiam sentar conosco à mesa numa reunião de humanos, independente da forma biológica. Isso para explicar que qualquer um ser extraterreno que visitamos ou sejamos visitados por eles, de posse dessas características, quaisquer que sejam suas aparências, também serão considerados como participantes da família humana.
Também existe a situação inversa e que nos deparamos com ela no cotidiano. Os seres humanos habitantes na Terra, pertencentes à espécie Homo sapiens, que caracteriza a humanidade do ponto de vista biológico, parecem não apresentar as características que definem a humanidade do ponto de vista racional. Estão mais próximos dos seres brutos, animalizados, do que dos humanos, intelectualizados. Mas todos nós possuímos a capacidade cognitiva de atingir o nível da racionalidade e assim pertencer integralmente à família humana.
Voltamos o pensamento agora para o nosso mundo, nossa realidade adstrita à Terra. Estamos matriculados nesta escola terráquea para aprender cada vez mais esse pensar cósmico, crístico, e reconhecer o nosso papel na vida dentro desse pensar. Necessitamos de um professor qualificado para ensinar essas lições fundamentais que a luta pela sobrevivência biológica muitas vezes impede sua percepção. Jesus como ser qualificado dentro do seu aprendizado, por reconhecer a filiação divina sem nenhuma dúvida, por saber com clareza qual o seu papel no Universo, foi indicado pela Energia creadora para vir ao nosso mundo e na condição de governante do planeta ensinar sobre a lei básica da harmonia universal, a Lei do Amor, com todo esse pensamento do Cosmo, o pensamento crístico.
Assim, Jesus foi identificado como o Cristo e em decorrência disso todos que o reconhecem como tal e procuram seguir suas lições são identificados como cristãos. Devido as características de personalidade e de inteligência de cada um, a forma de seguir esses ensinamentos tem suas diferenças e para atender a cada grupo em suas divergências foram criadas as diversas igrejas e templos, com os seus dogmas e rituais, conceitos e preconceitos. Porem, em todas não deve ser excluída ou colocada em segundo plano a Lei do Amor, a aplicação do Amor Incondicional. Fazendo dessa forma, todos serão considerados como irmãos, todos encontrarão seus caminhos em direção ao Pai, na construção do seu Reino.
Este é o meu pensar!