Acredito que estou sempre monitorado pelas forças do Bem que identificam minhas intenções e colocam ao meu alcance os principais textos, livros e experiências para eu avançar nos estudos. Assim aconteceu com o livro “Maria de Nazaré” que serviu para me orientar na criação do Projeto de Extensão Universitária “Foco de Luz” e na reativação da Associação de Moradores e Amigos da comunidade da Praia do Meio. Depois foi o acesso ao livro “Francisco de Assis” que coloca os princípios do trabalho na comunidade, semeando o Evangelho nos corações endurecidos e ignorantes para ver quais os que se sensibilizam, se voltam para o Bem e evita a “rede selecionadora” que vai levar os espíritos recrudescentes no Mal para outro planeta.
Nesta última quarta-feira, dia 11-06-14, na Livraria da Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes, o rapaz que trabalha como livreiro veio me indicar uma obra, coisa que ele nunca havia feito. A obra é um livro intitulado “Os Evangelhos em sua Natureza, Essência e Profundidade”, escrito por um professor universitário formado em Direito e estudioso dos assuntos espirituais. É uma obra extensa com 510 páginas, e logo entendi que estava sendo matriculado numa espécie de curso superior sobre as lições do Evangelho. Tem o objetivo principal de aprofundar tanto quanto possível a compreensão da imortal e universalista mensagem do Cristo, através de Jesus, hoje parcialmente contida nos Evangelhos canônicos, isto é, nos testemunhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, bem como no Evangelho apócrifo de Tomé.
O estudo será feito em três tomos bem definidos: O Sermão da Montanha, as Parábolas, e o Cristo em Jesus.
O Sermão da Montanha será estudado em 56 capítulos, serão estudadas as 37 parábolas, e na conclusão será abordado, com 104 capítulos, o Cristo em Jesus.
Os escritos dos evangelistas levam em si a visão própria de homem e de mundo que cada um possuía, mas a intenção é a busca pela mensagem viva que palpita nos Evangelhos, que é uma só: a busca e a revelação do Cristo que estava em Jesus e está em cada um de nós. É o caminho, o monumental programa de autoconhecimento, autolibertação e autorrealização que o Cristo enviou à humanidade pela boca inspirada e pela vida de Jesus de Nazaré.
É um roteiro universal, pois se destina a todos os homens, uma vez que, sem nenhuma exceção, somos igualmente filhos de Deus. Todos os seres humanos de boa vontade, cristãos ou não, para que cada um consiga desenvolver o autoconhecimento que lhe vem de dentro para fora, de seu Cristo interno, sem a necessidade de qualquer intermediário. É o verdadeiro conhecimento.
Mateus, Marcos e João eram galileus e redigiram seus Evangelhos em aramaico, a língua materna deles, que era o mesmo idioma que Jesus também falava. Esses três Evangelhos foram imediatamente traduzidos para o grego, a língua culta, prevalecente e universal daquela época, pouco depois suplantada pelo latim.
Lucas, médico grego natural de Antioquia, colônia helênica situada na Síria, deu seu testemunho diretamente no grego.
Dos quatro Evangelhos canônicos (Mateus, Marcos, Lucas e João), cuja autenticidade é aceita pelos cânones das igrejas cristãs, os três primeiros são considerados sinóticos devido a notável coincidência entre eles, tanto no conteúdo como na forma de expressão.
Uwe Wagner diz em seu livro “Exegese do Novo Testamento” que originalmente os Evangelhos canônicos foram redigidos em escrita contínua, sem qualquer divisão, nem de versículos, nem de perícopes, nem de capítulos. O primeiro manuscrito a adotar a divisão em capítulos foi o Códice Vaticanus, no século IV. Nesse código, Mateus nos é apresentado com 170 capítulos, Marcos com 62, Lucas com 152, e João com 50.
A divisão de todo o Novo Testamento em capítulos, atualmente aceita, é de Stephan Langton, feita em 1227, quando ele era Bispo de Cantuária, na Inglaterra.
Mas a divisão completa em capítulos e versículos, exatamente como hoje a conhecemos, é de autoria do francês Robert Stefhanus, datada de 1551.
A leitura desse livro na forma de curso deve consolidar uma base segura, sólida e estável que permitirá a introjeção da verdadeira natureza essência original da mensagem crística do nosso bem amado Jesus de Nazaré.