João Batista foi um pregador judeu do início do século I, citado pelo historiador Flávio Josefo e pelos autores dos quatro evangelhos da Bíblia. João era filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus.
O nome João tem o significado de “Deus é propício” e ele foi apelidado de Batista pelo fato de pregar um batismo de penitência. Ele batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o batismo de gentios (pessoas não israelitas) nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adaptados pelo cristianismo.
É o único santo cujo nascimento e morte, em 24 de junho e em 29 de agosto, são evocados em duas solenidades pelos cristãos.
A profecia aponta para a obra de preparo feita por João. Ele é a voz do deserto clamando: “Preparai o caminho do Senhor”. Inicia a sua obra esclarecendo que ele não era o Cristo e que seu trabalho seria o de converter os corações e habilitar para o Senhor um povo preparado.
O preparo para a vinda do Reino de Deus foi feito por meio da proclamação de advertência e da necessidade de arrependimento. Ele advertia que: “já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo” (Mateus 3:10). Multidões escutavam o apelo de João: “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus” (Mateus 3:2). Os que atendiam o chamado e se arrependiam se tornavam um povo preparado produzindo “frutos dignos de arrependimento” (Mateus, 3:8). Muitos foram preparados e outros não.
João mostrava especificamente a mudança que deveria ocorrer na vida dos homens. Não só condenava o mal, mas salientava a mudança que Deus espera das pessoas perdoadas, como honestidade, não violência e contentamento. Preparava todos para um caminho de santidade por onde o povo de Deus devia caminhar.
João foi quem primeiro identificou Jesus dentro da Sua missão: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Jesus era visto por João como aquele tipificado no cordeiro pascal, aquele cordeiro que foi levado ao matadouro pelo pecado do homem (Isaias 53).
Fico a refletir sobre essas informações e não deixo de fazer considerações desse passado com este presente que constrói o futuro. Sei que tudo está subordinado à lei do Progresso, que existe uma evolução constante que abrange todo o Universo. Certamente as lições de Jesus não estariam paradas no tempo, estagnadas, sempre repetindo o refrão da evangelização, da catequização, mas sem o Reino de Deus nunca se concretizar. É importante que avancemos, já existe um bom número de pessoas preparadas pela evangelização para a construção desse Reino. O Paráclito, o Espírito da Verdade já habita em muitas consciências. Devemos partir para a aplicação da Lei do Amor Incondicional em todos os nossos relacionamentos e construir a Família Universal.
Neste dia que festejamos o nascimento de João Batista, que cada fogueira acesa na terra, que cada fogo estourado no céu, nos lembre dessa responsabilidade.
É tempo de queimar esse homem velho, adâmico, cheios de instintos egoístas de procura do prazer material, carnal. Deixar que surja dentro da coletividade a boa safra dos frutos das boas árvores.
Cada um que conheça o Evangelho de Jesus, que saiba da guerra entre o bem e o mal, que está engajado nas fileiras do Cordeiro, deve entrar agora na convocação final dos tempos apocalípticos, da transformação da Terra em planeta de regeneração. Deve orar com toda força da sinceridade ao Pai para que consigamos a limpeza necessária ao nosso coração, mesmo com todo sofrimento que isso possa acarretar, para que o Amor que flui dEle não seja contaminado pelo egoísmo da nossa condição animal e sejamos capazes de refleti-lo com pureza ao nosso redor.