Como já estava planejado há um ano, ontem viajei para Assu com meus irmãos, para a casa dos pais de N., que fica dentro de um sítio há 20 km da cidade. Ficou combinado que eu iria com minha companheira S., já que este ano ela tem prioridade nas viagens que eu fizer fora de Natal, como no ano passado foi M.. Como S. adoeceu e não pôde vir, pensei ainda em convidar M. junto com A. para virem comigo. Porém, como elas se mostraram também adoentadas na noite anterior, e como notei que M. ficou muito ressentida pelo fato de eu ter lhe convidado para assistir o jogo do Brasil x Camarões de última hora, achei melhor não arriscar outra contrariedade. Foi comigo na condição de companheira fraterna, apenas E.
A viagem foi realizada dentro da tranquilidade, com um pequeno transtorno, o carro de C. dirigido por F, bateu no meio fio e estragou o pneu sendo necessário parar e trocá-lo. Paramos no comércio da cidade por cerca de uma hora. Fomos direto para o sítio e fizemos logo o almoço, pois estava na hora de começar o jogo Brasil x Chile que assistimos de 13 as 17h.
Interessante o meu estado de ânimo quanto a torcer pela seleção brasileira. Como sei dos inúmeros atos de corrupção praticado pela elite política do país, vejo que uma vitória do Brasil é como se tivesse dando aval a esse tipo de comportamento tão nocivo aos brasileiros. Apesar ainda de notar que a seleção não tem o brilho de seleções de copas do mundo passadas.
O placar final foi resolvido nos pênaltis passando o Brasil adiante depois de muito sacrifício. Fomos jogar baralho logo em seguida e só paramos para o jantar. Depois foi acesa a fogueira em homenagem a São Pedro e sentamos em roda para conversar. O tema da conversa terminou em volta dos abusos que são cometidos pelos dirigentes políticos quanto ao nível de corrupção. Não fizemos leitura evangélica.
Logo após, fomos todos para o hotel Oásis por volta das 21 horas, onde havíamos feito uma reserva para nós, quinze pessoas, ficar hospedado até o dia seguinte.
Chamo a atenção do carinho que fomos recebidos por nossos anfitriões no sítio, e a notícia que S. me deu de que a sua doença que impediu a sua vinda é um possível quadro de dengue e que ela estava assustada com a situação.
Fico triste com uma situação dessas, pois na construção da família ampliada que eu procuro fazer, todos devem agir com fraternidade, como se realmente fossem irmãos de uma qualidade bem diferenciada. No entanto eu vejo minhas principais companheiras se digladiando no meio de sentimentos inferiores de egoísmo, ciúme e intolerância, incapacitando a ajuda fraterna de uma com a outra quando, por exemplo, circunstâncias como esta volte a acontecer e eu não possa estar perto.
É como se elas tivessem por dentro de suas convicções a esperança de conviver exclusivamente comigo, fato que elas sabem que a ideologia a qual eu sou fiel é aquela do Amor Incondicional e que constrói a familiar de forma ampliada, com o amor inclusivo, que acolhe todas na forma de solidariedade e fraternidade.
Sinto-me incapacitado de resolver essa situação e já deixei a solução nas “mãos de Deus”, pois como esse caminho que procuro seguir entendo como sendo a vontade dEle, então nada mais justo que Ele resolva essa questão.
Enquanto isso procuro seguir fazendo o melhor que posso, tolerando, perdoando e refletindo o Amor que recebo do Pai a cada dia.