Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
06/07/2014 07h48
NOVA CONSCIÊNCIA CRISTÃ (04)

            Ontem vim à Caicó no meu carro com o objetivo de ficar na cidade e participar à tarde dos trabalhos voluntários na comunidade João Paulo II. Estava ainda atendendo quando fui informado que a organizadora dos trabalhos estava viajando e não iria ter trabalhos neste sábado. Fiquei frustrado e sentindo a necessidade de verificar o fluxo de informação dentro do grupo, pois havia ficado acertado da minha participação todo primeiro sábado de cada mês, segundo o meu ponto de vista, mas será que esse também seria o ponto de vista dos demais membros do grupo?

            Informei aos meus companheiros de viagem o que acabei de saber e resolvemos aproveitar a viagem para usufruir um pouquinho do prazer que o pequeno tempo de permanência na cidade pudesse nos oferecer. Depois do almoço ficamos no hotel para recuperar o sono, pois acordamos muito cedo, e no começo da noite fomos para a Ilha onde assistimos os pênaltis do jogo da Copa do Mundo, Bélgica x Costa Rica, vencido pela Bélgica. Após comermos voltamos para o hotel e terminamos o dia jogando baralho até a meia noite.

             Fiquei a imaginar que o dia de trabalho espiritual foi totalmente perdido. Tinha levado diversas revistas como da vez anterior e uma bolsa de roupas usadas entregues por R. para doação. Deixarei no hotel e avisarei para os companheiros pegarem e deixarem na comunidade.

            Refleti também que eu poderia ter levado pessoalmente esses objetos para a comunidade, mesmo sem o apoio do pessoal de Caicó. Procuraria encontrar a pessoa que participou da última reunião comigo e que parecia ter a maior liderança para entregar os objetos e pedir que ela distribuísse. Aproveitaria o momento para conhecer a sua casa e a casa de mais algumas pessoas que tivessem se aproximado. Certamente Deus intuiria sobre o que eu deveria falar e fazer, mesmo que eu tivesse ficado exposto num espaço onde deve existir violência e agressividade associado a grande pobreza e ignorância. Mesmo com esse risco, eu provavelmente iria a comunidade se esse pensamento tivesse chegado mais cedo. Faço nova consideração sobre a lentidão desses pensamentos alternativos que só chegam à minha consciência quando o tempo hábil para a sua realização já não existe.

            Outra consideração que devo fazer associado a essa viagem é sobre o comportamento de R. desde o dia anterior a viagem e que foi o dia do jogo da Copa do Mundo do Brasil x Colômbia. Ela sabe da impossibilidade até o momento da convivência junto com S. e sabia que ela ia assistir ao jogo comigo e que em seguida viajaria comigo e os demais convidados para Caicó no dia seguinte. Mesmo assim desejou que tivéssemos um bom jogo e deixou o seu placar para colocarmos no bolão que sempre fazemos, além de ter dado a bolsa de roupas usadas para doação e ter ficado num silêncio respeitoso por todo o dia.

            Mesmo que por trás desse comportamento existam ainda pensamentos egoístas que possam imaginar mil formas alternativas de agressão contra uma ou mais pessoas que estão envolvidas na viagem, o que vale é o comportamento que ela considera positivo, harmônico e que ela consegue expressar. Os pensamentos desarmônicos fazem parte da batalha da reforma íntima que somente ela pode realizar, com a ajuda dos protetores espirituais a quem ela pode pedir ajuda através da prece ou que tenham responsabilidade de fazer isso, como o anjo da guarda.

            Assim, fica a sensação de que o maior benefício espiritual recebido dentre todos aqueles que caminham por esse projeto de vida, da construção do Reino de Deus, foi exatamente R., a que não viajou e enfrentou com galhardia toda a frustração e ressentimentos que podem ter vindo à sua consciência, mas que foram devidamente bloqueados e expressados apenas os comportamentos que foram convenientes para a harmonia do conjunto. Isso foi o que ficou claro para mim com base no que ela deixou transparecer. Todo esse diagnóstico que faço desmorona, se por acaso ela deixou transparecer para qualquer pessoa, qualquer atitude negativa, por palavras ou ações, quanto as pessoas que participaram dessa viagem. Espero que isso não tenha acontecido, mas se tiver acontecido, que ela rogue ao Pai inteligência e força para corrigir o mais rápido possível o mal que fez à sua própria evolução. Fica isso à cargo de sua consciência.

            Mas prefiro imaginar que nada disso aconteceu, que ela foi honesta na presença e na ausência das pessoas pertinentes, que ela venceu no bloqueio de qualquer pensamento desarmônico que pudesse se expressar para quem quer que seja, e por isso eu a parabenizo!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/07/2014 às 07h48