Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
27/07/2014 10h49
ÁRVORE E FAMÍLIA

            Com o uso da Árvore Genealógica feita através do site da My Heritage, adquiri uma melhor compreensão da minha família. Em primeiro lugar, ela não vai ser construída, não é uma ideia para o futuro, ela já existe. O que se pode observar é que ela está em processo constante de crescimento, sempre em evolução positiva, como ocorre com nossa vida individual – sempre estamos evoluindo, crescendo para o aperfeiçoamento, mesmo que em algum momento fiquemos parados, estagnados, mas nunca retroceder. Assim, é a característica da minha família ampliada. Ela está sempre crescendo, bem mais que as famílias nucleares nas três formas de abordagem que posso considerar. Tem o crescimento biológico, conceitual e o consciencial. Todos estão acoplados.

            O crescimento biológico diz respeito a todos os indivíduos que nascem dentro dessa árvore, como filhos, netos, sobrinhos, irmãos, etc., por mais distante que esteja o galho onde vai se fixar essa nova folhinha.

            O crescimento conceitual diz respeito as normas culturais que classifica os diferentes indivíduos quanto o grau de parentesco dentro da árvore, que tenha ou não o laço consanguíneo, como é o caso de cunhados, genros, noras, etc.

            O crescimento consciencial é o mais amplo de todos. Considero nessa abordagem, que pelo nome, “consciencial”, quer dizer se tratar da minha própria perspectiva. Como sou o construtor da Árvore termino colocando dentro pessoas que não se consideram fazer parte dela. É o caso de S., minha ex-esposa e mãe de um filho meu. Após ter me expulsado de sua casa, passou a não me considerar mais como membro de minha família, pelo contrário, até seu adversário; não quer eu vá a sua casa e evita que até os seus parentes biológicos tenham contato comigo. Por outro lado, permaneço com a consciência de que ela faz parte da minha árvore, em posição de destaque, por um dia ter me apaixonado por ela e por termos gerado um filho. Não me importa se ela quer ou não minha proximidade ou mesmo falar comigo. Ela mantém dentro da minha consciência o mesmo nível hierárquico, perto do meu tronco, mesmo que jamais tenhamos a oportunidade de viver como companheiros como antes. Assim acontece com diversas pessoas que passo a incluir em minha árvore, algumas mais próximas, outras mais distantes; algumas aceitando com alegria, outras rejeitando com raiva.

            Na condição de cultivador dessa Árvore, como uma missão dada para mim pelo Pai, devo usar sempre como adubo a energia do Amor, e no cotidiano das minhas ações devo ser justo, tolerante, compreensivo, e levar harmonia dos galhos mais próximos até os mais distantes, sempre observando a condição dos galhos mais próximos ao tronco, do próximo que esteja mais próximo.

            A peste que sempre está a rondar a vitalidade da Árvore é uma mutação que sofre o Amor Incondicional no amor condicional, no coração das pessoas. Geralmente quem faz essa transmutação no coração são os laços consanguíneos, e destes o mais forte é o laço pais-filhos. Quando um novo indivíduo entra na Árvore na condição de filho, todos os demais integrantes perdem valor frente aos pais. É até natural que isso aconteça, pois os pais tem a responsabilidade de cuidar com muito mais empenho daquela nova pessoa. Mas isso não deve servir como argumento ou motivo para que outra pessoa seja prejudicada em seus direitos e consideração, dentro ou fora da Árvore. Foi isso que aconteceu com S., já citada acima. Ela acha que desconsiderei o seu filho porque fui dar atenção a minha filha com outra mulher. Não considerou a minha atuação enquanto cultivador harmônico da minha Árvore com base no Amor Incondicional. Ela visou mais os seus interesses particulares, consanguíneos, e fez o que fez.

            Outro aspecto importante da minha condição de cultivador da minha Árvore Genealógica para formar a minha família ampliada, cumprindo um mandamento de Deus para a construção da família Universal que irá compor o Seu Reino, é o que devo usar como matéria prima. A matéria prima são as pessoas. A ferramenta é o Amor Incondicional. As condições de trabalho Deus já forneceu no princípio, é a nossa constituição biológica com toda sua energia instintiva para motivar as ações e sair da inércia em busca da manutenção, reprodução e perpetuação da matéria viva.

            É o instinto que vai fazer a procura por uma companheira e construir o tronco da árvore com os filhos gerados. A sociedade através da justiça e da religião, faz a lei e a cultura para proteger dos excessos que podem ser cometidos, geralmente pelo homem, com o seu instinto gerado para viabilizar os bilhões de espermatozoides que produz durante a vida. Assim, disciplina o limite das famílias e caracteriza o que seja a família nuclear. Mas a lei mais importante é a Lei de Deus que está dentro de nossa consciência que deve ser usada para o nosso crescimento moral, não deve ser subordinada a nenhuma outra lei construída pelo homem, e assim disciplinar a família ampliada capaz de se tornar a família universal.

            Estou sempre a receber do Pai a matéria prima para este trabalho. Novas pessoas chegam ao meu relacionamento e o meu instinto continua ativo e junto com a lei na consciência promover ações coerentes com o Amor Incondicional. Uma nova mulher que surja e os instintos que promovam é um exemplo disso. Caso a consciência permita, e a intimidade sexual se realize, ocorre o enxertamento na Árvore, passa a ser  “carne da mesma carne” do cultivador. Nessa condição, mesmo que não haja a possibilidade de convivência, essa pessoa passa a ser considerada como participante da Árvore, com toda a harmonia e respeito que dela possa fluir, por todos os seus integrantes.

            E assim, cada membro dessa Árvore, no uso dos seus legítimos instintos e aplicando a lei da sua consciência, pode fazer enxertos sexuais em qualquer momento e a Árvore se ampliar cada vez mais, independente do tronco gerador.

            Assim, é a família universal se formando, o Reino de Deus se viabilizando.

          

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/07/2014 às 10h49