Quando assumimos qualquer missão é importante que seja prestado contas com aquele que determinou a missão, um tipo de análise do que foi, está sendo e será realizado.
Assumi pela força da convicção a missão determinada por Deus de colaborar na construção de uma família ampliada como a base da realização do Seu Reino, a iniciar pela transformação do meu coração. Isso implica na limpeza do egoísmo e na aplicação do Amor Incondicional em todos os relacionamentos, principalmente os íntimos. No relacionamento externo a aplicação do Amor leva a formação de associações comunitárias com base evangélica.
Essa missão da forma que está descrita é suficiente para ocupar a maior parte do meu tempo útil e mesmo dentro do meu trabalho tradicional de rotina, eu posso aplicar também a Lei do Amor.
Mas tudo não é tão simples assim. Existem barreiras fortes o suficiente para que a implementação da missão não seja realizada em todos os momentos do dia. São as forças ligadas ao interesse do corpo, de natureza egoísta, que está sempre querendo realizar um desejo que se contrapõe à vontade do Pai. É a essa força contrária que devo focar a minha atenção dentro desta análise que fui intuído a fazer hoje. É ao controle dessa força que deverei atribuir o sucesso ou fracasso da missão.
No campo da estratégia eu estou indo bem. O forte das minhas ações eu reconheço que é no campo das estratégias, de como planejar e realizar a missão. Daí que todas as atividades necessárias já estão colocadas no contexto da realização. O que se torna necessário agora é a sua prática. Aqui surge a dificuldade, pois a gula e a preguiça sempre se interpõe na frente da missão e deixo de aproveitar os espaços que tenho para avançar. Troco momentos de implementação da missão por brincadeiras e jogos, por passeios e outras atividades tipo passatempo, e é o tempo que não posso deixar passar sem o utilizar plenamente. Sei que faço tudo isso dentro da harmonia dos relacionamentos, que todos ficam satisfeitos dentro daquele momento. Isso não pode ser considerado como algo negativo, todas as pessoas de bem podem fazer isso sem nenhuma culpa na consciência. Eu poderia também ficar satisfeito com isso, se a minha missão não implicasse num esforço maior de transformação da sociedade. Se eu fico atuando dentro dessa condição atual do que faço hoje, a minha missão fica ameaçada, pois eu termino entrando no caminho comum de todas as pessoas, mesmo que sejam pessoas de bem e que procurem fazer a vontade de Deus. Tenho que reconhecer o peso da minha cruz e fazer o necessário, e isso depende exclusivamente de mim, mesmo que eu tenha a disposição de ajuda das minhas companheiras, mas mesmo elas têm necessidade de se aprimorarem dentro do contexto da missão.
Concluindo essa análise e sendo instigado a colocar uma nota no meu desempenho até o momento, eu coloco a nota 6. Acredito que tenha passado um pouquinho da média dos meus irmãos na realização do trabalho a ser realizado, por isso justifico ter ficado acima do 5 que é a média. No entanto estou muito distante ainda da nota 10 que é o ápice do comportamento ideal. Para melhorar essa nota tenho que trabalhar mais focado na minha missão, para ocupar com mais eficiência os espaços e as pessoas que o Pai coloca no meu caminho. Não posso procrastinar o trabalho tradicional, deixar acumular as tarefas que assumi como minha responsabilidade. Devo melhorar também o nível de comunicação, tanto com o Pai através da oração e meditação, quanto com os irmãos, encarnados e desencarnados.
Sei que é até fácil fazer essa análise e apontar os pontos fracos e negativos do meu comportamento, comparado a disposição de realmente mudar o que já está estabelecido em mim como um hábito, pois sei como é difícil a mudança de um hábito. Mas esse é o pré-requisito básico para a implementação eficaz da missão.