Li uma série de sete livros de J. J. Benítez intitulada “A saga dos Capelinos” e gostei demasiado. Foi para mim muito instrutivo, mesmo não dando certificado de garantia de que aquilo que era transmitido era a história real. Trouxe toda a perspectiva histórica da Terra do ponto de vista espiritual, a partir dos acontecimentos ocorridos em Capela, outro planeta de outro sistema solar, e que trouxe repercussão direta no destino do nosso planeta. Os espíritos perversos de lá foram deportados em massa para cá e assumiram a personalidade de deuses entre nosso povo pacato e simplório. Surgiram daí os deuses sanguinolentos como Jeová, o Deus dos exércitos, personagem boas como Isis, Osíris, Moisés, até a vinda do divino Mestre.
Fui presenteado há alguns dias com três livros, nºs 2, 3 e 4, da coleção “Operação cavalo de Tróia”. Procurei comprar o nº 1 e os demais volumes da coleção, foi quando descobri que era o mesmo autor de “A saga dos Capelinos”. Ao começar a leitura, vi que se tratava do relato dos últimos dias de Jesus sobre a Terra, narrado como se fosse um diário. Percebi o esforço que o autor faz para nos levar a compreensão da evolução espiritual que ocorre na Terra e o papel que Jesus representa em tudo isso. Tenho o conhecimento dado pelos espíritos que Jesus é o governador do nosso sistema solar e que é o responsável por nosso planeta, na condição de espírito superior bem próximo de Deus, desde a sua formação.
Como eu tenho dentro da consciência uma Missão entregue por Deus como o objetivo da minha vida, que é o de aplicar o Amor Incondicional em todos os relacionamentos, principalmente os íntimos e construir assim a maquete do Seu Reino, fiz um paralelo do trabalho de Benítez com o meu. A partir de sua origem espanhola que evoca a origem do meu sobrenome, Rodrigues, que também se reporta a Espanha.
Chegando a Espanha eu me lembro do esforço daquela região, de Aragão e Castela, de onde surgiu El Cid, Don Rodrigo de Vivar, herói de alto censo moral e fé cristã. Também surgiu o equivocado movimento da Inquisição no intuito de salvar a fé cristã e terminou cometendo os piores atos de crueldade contra a humanidade. Mas tudo isso tinha o nome de Cristo como fomentador de todas essas ações.
Então, dentro desse caldeirão de pensamentos e ações que giram em torno do Cristo, equivocados ou não, é que surge o nome de Benítez tentando resgatar a história dentro da vertente que melhor se aproxima da verdade, independente do meio utilizado, intuitivo ou não, mas sempre com alto grau de racionalidade. Coloca o Cristo como um homem com ações divinas, talvez enviado de outros planos siderais, e mostra com detalhes toda a sua trajetória, com um diário de acontecimentos. Isso tudo para que possamos entender as lições do Cristo e possamos dar continuidade com o passo seguinte que é a sua aplicação para a formação do Reino de Deus além dos nossos corações, que é o primeiro passo, e dentro dos demais relacionamentos que possamos ter na comunidade.
Como eu compreendo que estou sob a tutela direta do Pai, sei que Ele está sempre me municiando com diversos livros ou qualquer outra fonte de informação que ressalte a importância da minha missão e me ensina como proceder. Então eu vejo essa aproximação do trabalho de Benítez, de uma forma que eu nem pensava que iria ter, através de uma doação de livros, e chego a fazer essas reflexões. O trabalho de Benítez expõe toda a vida do Cristo naquele ponto mais nevrálgico, os dias que antecedem a sua crucificação. Da mesma forma, eu entendo a minha missão como uma exposição da minha vida, como forma de mostrar e ensinar ao mundo que é possível a aplicação das lições do Mestre Jesus, apesar de todo desvio que os condicionamentos e apegos levam à pureza do Amor. O meu espírito passa a tomar consciência da responsabilidade que tem sobre o corpo e que deve conduzi-lo de forma ética dentro dos diversos interesses egoístas motivados por suas necessidades. Eu passo a assumir minha personalidade espiritual e divorcio cada vez mais da identidade corporal associado ao Ego. Passo a ver o meu corpo como uma cobaia de laboratório onde meu Eu espiritual manipula-o para chegar ao objetivo transcendental. Faço isso de forma transparente e coloco, as vezes de forma corajosa, todas as necessidades e desejos inconfessáveis que surgem à mente. O trabalho que faço em forma de diário tem forte semelhança com o trabalho de Benítez, e com certeza dará material para a escrita de uma série de livros, onde a viagem não será mais no exterior, como aconteceu nos relatos do Cristo e a divulgação de suas lições.
Agora a viagem se realiza do coração para a ação, da pregação para a realização.