Ao ler o relato do Major Jasão sobre os ensinamentos de Jesus, no livro “Operação Cavalo de Troia”, de J. J. Benítez, fiquei a refletir. O Major dizia que Jesus sempre estava ensinando, respondendo perguntas, interagindo com todos, discípulos ou fariseus. Os fariseus, escribas e sacerdotes sempre estavam notando tudo o que Ele falava como forma de estudarem depois e assim encontrarem uma forma de atacá-lo. No entanto, o Major não percebia nenhum dos discípulos com essa mesma preocupação, ninguém estava anotando as palavras de Jesus com o objetivo de depois as reproduzirem de forma didática. O Major presumia corretamente que certamente muitos dos ensinos de Jesus se perderam ou foram deturpados de forma inocente, involuntária ou criminosa.
Assim, as informações que temos hoje nos Evangelhos canônicos podem ser muito falhos ou vazios de informações preciosas. No entanto o básico foi atingido, a lição do Amor Incondicional, mesmo que quase ninguém tenha compreendido essa lição com toda a profundidade que ela requer. Cabe a mim e a qualquer pessoa que se interesse em aprender sobre o Amor fazer esse aprofundamento que requer muita honestidade de pensamentos e intenções.
Jesus não tinha tempo nem meios naquela época de fazer os registros necessários da sua missão. Se ele fosse sentar para registrar os seus pensamentos, então as suas aulas seriam simplesmente teóricas e não trariam em si a força do ensino prático, com o exemplo.
Hoje na condição de seu discípulo e com o propósito de ser instrumento de Deus para a aplicação prática do Reino dos Céus como foi ensinado por Jesus, tenho à minha disposição uma série de recursos tecnológicos, informáticos, que potencializam meu potencial de comunicação. Não preciso ficar a escrever durante horas com uma pena sobre um pergaminho. Agora eu sento durante uma hora na frente do notebook e faço um texto devidamente revisado. Não impede que eu faça em seguida o trabalho prático essencial.
Dessa forma o registro que faço aqui das minhas atividades tem um duplo sentido. O primeiro é de prestar contas a Deus dos meus pensamentos e ações, mesmo sabendo que Ele não precisa desse artifício, mas que é importante para o segundo objetivo; o segundo objetivo é de explicar como se dá esse processo dentro do meu corpo, do meu atavismo milenar. Como é a qualidade dessa luta e como posso fazer o enfrentamento com toda a minha carga de defeitos e vícios. Não tenho a pureza do Cristo para dar aulas e exemplos como Ele fazia, mas procuro ser um campo de atuação para as sementes que foram lançadas. Mostrar com honestidade como ela germina no solo do meu coração, e como é o meu esforço para evitar o efeito nocivo das pedras e espinhos do caminho. Principalmente, mostrar a deficiências que possuo, da carga de egoísmo que herdei de meus antepassados na luta pela sobrevivência, condição essa que qualquer pessoa humana possui e precisa aprender como lidar com ela para se tornar um cidadão do Reino.
Quem acompanha esse diário poderá perceber os avanços e retrocessos que acontecem no meu trajeto e poderá aprender a não errar tanto quanto eu erro. Este é o registro de minha missão e que procurarei em breve colocá-lo com mais visibilidade em outro meio de comunicação, como o livro. Nesse espaço eu pretendo fazer a publicação desses escritos de forma que abranja em cada volume três, quatro ou seis meses, com a possibilidade do leitor interagir, colocar sua opinião, sugestão ou crítica a qual deverá ser adicionada no livro a seguir. Isso servirá de canal para dirimir dúvidas. Procurarei sempre está sintonizado com a lógica e o bom senso, evitando a criação de dogmas ou preconceitos inalteráveis. Caminharei sempre com a atenção voltada para os possíveis erros que eu possa estar cometendo e preparado para corrigi-los dentro da racionalidade.